Carta 88

02/07/2013 14:38

SUA MENSAGEM POSTADA NO SITE:

 Prezado Pastor Solon.

É com poucas palavras que eu quero lhe contar minha história, e ao mesmo tempo lhe pedir uma orientação, uma vez que o senhor, ao meu ver, é uma pessoa indicada neste quesito.

 No ano de 1997 conheci minha então esposa, a caminho de uma igreja, a qual a mesma era a ICM. Isto aconteceu em (...)-MG, pois nessa época eu morava lá.

 Eu já era um homem divorciado e ela uma viúva. Eu com 32 anos e ela com 25 anos e com uma filha de 4 anos do seu casamento.

 Naquela época um pastor de igreja (...) já falava de Jesus pra mim. Inclusive me levou para a faculdade shalon de teologia onde juntamente fiz um ano do curso de bacharel em teologia. Ficou faltando quatro anos, mas aprendi muito neste período.

 Então comecei a namorar com minha então esposa e logo ela foi excluída da igreja, pois a liderança não sabia minha procedência. Mas, nós sempre íamos em outras igrejas de outros bairros já que em (...) tem muitas igrejas ICM.

 Depois de poucos meses de namoro já estávamos morando juntos no pecado de adultério. Em 1998, ou seja, no ano seguinte, mudamos para (...) no PR.

 Chegando em (...) ela procurou a ICM e começou a ir também, mas eu pastor sempre achei muito estranhas as atitudes deste ministério, principalmente no que diz em revelação, e as pregações muito artificiais.

 Minha esposa se chama (...), e ela é apaixonada pela (obra) o que sempre me deixou muito preocupado, pois se não for na ICM, ela não sente nada diz ela.

 Depois de ela tentar ficar na ICM aqui em (...) e eu não concordar, começamos a congregar na igreja (...), onde casamos. A igreja pagou nosso casamento e fomos batizados em 1999, uma vez que ela também não era batizada. Mas aqui nesta igreja nós fomos muito ajudados pelo pastor (...) em aconselhamento, acompanhamento, espiritualmente eu em particular cresci bastante, mas minha esposa não se liberta da ICM, e isso atrapalha muito em sua caminhada espiritual.

 De vez em quando ela vai visitar. Ela sofre com pânico e até uma depressão oriunda de seus traumas do primeiro casamento, mas sinto que enquanto ela não abrir verdadeiramente seu coração para cristo e deixar esse negócio de placa de igreja de lado ela não alcançará a vitória.

É difícil pra mim falar disto para ela, pois ela nem aceita eu começar. Pois bem, se puder me ajudar com conselho eu agradeço, uma vez o Senhor Jesus tem um chamado para mim, e eu sinto dificuldade em realizar o mesmo, pois ela é a primeira que me desanima.  

Um abraço e até mais.

 

De:  CeenSO

Enviada: sábado, 12 de dezembro de 2009 23:41:09

Para:  joao@hotmail.com

Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.

 Talvez você compreenda agora qual a maior dificuldade das pessoas que já estiveram envolvidas com igrejas que induzem seus membros ao exclusivismo. Infelizmente, dependendo do grau de cognição de sua esposa, ela não conseguirá se desvincular do aprendizado que recebeu na sua formação espiritual.

Veja que nem mesmo o fato de vocês terem recebido em outras igrejas um tratamento, um acompanhamento e um auxílio espiritual que não receberam na ICM foi suficiente para que ela percebesse que Deus tem usado outras pessoas para abençoá-los. Nem assim ela percebe que Deus está impedido de operar algumas coisas na ICM devido aos padrões ali existentes.

O fato é que ela está presa emocionalmente à ICM e sequer deseja ouvir ou conversar a respeito daquilo que você já percebeu ou está sentindo. A culpa não é dela. A mente dela está programada para ver somente os supostos defeitos que ela aprendeu que há nas outras igrejas. Leia o artigo que escrevi sobre "O poder das crenças" e você saberá porque isso acontece.

 Amado, é grande o número de maridos que me escrevem relatando coisas semelhantes ao que você contou. Eu fico triste quando percebo a quantidade de mulheres que honram igrejas mais do que honram seus próprios maridos.  E é com base na minha experiência de pastor e nos casos que tenho acompanhado que pretendo, em breve, escrever um artigo sobre essa questão.

 No momento, o que você pode fazer é orar para que os olhos da sua mulher sejam abertos para o verdadeiro amor de Cristo. Fale sempre com ela acerca do amor de Jesus, de sua misericórdia com os perdidos (samaritanos, publicanos e pecadores), de sua graça salvadora, de seu perdão, de sua compaixão e de seu caráter exemplar. Estimule-a a ler o Novo Testamento e lembre-se que os membros convictos da ICM normalmente não aceitam conversar sobre a doutrina de sua igreja. Seus ouvidos se fecham nesta hora e qualquer palavra que você diga lhes soa como agressão ou heresia.

 Por isso, deixe de lado a questão doutrinária e leve sua esposa a perceber o quanto Deus tem operado naqueles que verdadeiramente entregam suas vidas a Jesus, independentemente da denominação em que estejam. Sugiro que você dê a ela de presente o livro "O homem do céu", de "Irmão Yun com Paul Hattaway", Editora Betânia. Como esse livro é uma história belíssima que não se vincula a nenhuma denominação, pode ser que ela se anime a lê-lo.

 Oro para que Deus lhe dê paciência e muito amor.

 O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti. O Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê paz.

 Grande abraço,

 Pastor Sólon.