Carta 58
Em 06/11/2009 06:11,
JOÃO@yahoo.com.br
A paz do Senhor Jesus Cristo seja contigo pastor Sólon.
Querido irmão em Cristo, depois de freqüentar diversas denominações e com o ministério de presbítero, conheci a ICM onde permaneço há cerca de 3 anos, contudo não concordo com alguns atos praticados e que estão em desacordo com os ensinamentos do Senhor, a saber: considero desnecessário a permanência de um vaso de flores sobre o púlpito, considero ineficaz a forma de consulta ao Senhor através de um versículo da bíblia apontado aleatoriamente, quando a forma correta é reunir irmãos obreiros com vigor e visão espiritual, além de estarem dotados de dons espirituais, este grupo de no mínimo 3 irmãos, reúnem se em oração e com certeza vem a resposta do Senhor sobre qualquer que seja o assunto, não concordo com distribuição de cargo de obreiro a irmão novos convertidos, não concordo que na ICM Deus pai foi substituído pelo filho Jesus, a soberania de Deus não é reconhecida, não concordo que a maioria dos hinos do hinário (coletânea) quase a totalidade, louvem e exaltem o nome de Jesus e não o nome de Deus, não concordo com recebimento de dízimos, isto não se aplica na época da Graça.
É certo que não perfeição em nenhuma denominação, contudo pergunto a titulo de orientação:
E que melhorou espiritualmente sua saída da ICM fundando nova denominação?
Qual seu conceito com referência aos pontos de doutrina que discordo na ICM?
Deus seja contigo sempre.
Espero seu email... irmão JOÃO – (...) fone (...) xxxx-xxxx (vivo)
De: Pastor Sólon
Para: JOÃO
Data:07/11/2009 15:19
Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.
Li toda atentamente a sua carta e seus pontos de vista. É bom saber que você já está convicto em sua fé. Parece-me que você não tem dúvidas quanto ao que crê. Desse modo, pouco proveito haverá meus comentários.
Assim, se você não se importa, peço um pouco mais de tempo para responder suas perguntas. De imediato, posso lhe assegurar que, entre muitas outras coisas, minha saída da ICM me proporcionou comunhão com o corpo de Cristo, algo que eu nunca havia experimentado e, portanto, não podia saber o que significava o Salmo 133.
Oportunamente, comentarei um pouco mais sobre isso.
O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Grande abraço,
Pastor Sólon.
De: Pastor Sólon
Para: JOÃO
Data:07/11/2009 15:19
Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.
Perdoe-me pela demora da resposta.
Vou procurar ser bem objetivo sem me omitir quanto às questões que você pediu que eu me manifestasse.
Então, vamos lá:
“(...) considero desnecessário a permanência de um vaso de flores sobre o púlpito (...)”
O vaso de flores sobre o púlpito nunca me incomodou. Acho bonito e vejo que as irmãs que o preparam fazem com carinho e dedicação, como ao Senhor. Confesso que isso não me parece indevido, até porque hoje preocupo-me mais com o conteúdo do que com a forma e valorizo mais as pessoas do que os rituais ou as coisas materiais.
“(...) considero ineficaz a forma de consulta ao Senhor através de um versículo da bíblia apontado aleatoriamente, quando a forma correta é reunir irmãos obreiros com vigor e visão espiritual, além de estarem dotados de dons espirituais, este grupo de no mínimo 3 irmãos, reúnem-se em oração e com certeza vem a resposta do Senhor sobre qualquer que seja o assunto (...)”
Sobre a consulta à bíblia já fiz algumas considerações na carta de nº 18, que se encontra postada no site. Sobre o modo correto de se ouvir a voz de Deus “sobre qualquer assunto”, não ouso duvidar de sua experiência pessoal. Aliás, não duvido da experiência de ninguém. Quando alguém me diz que Deus falou ao seu coração, eu acredito.
“(...) não concordo com distribuição de cargo de obreiro a irmãos novos convertidos (...)”
É certo que o bispo não deve ser neófito (1Tm 3:2-6), mas para outros serviços não vejo restrição bíblica. Entendo que o pastor deve discernir quando é a hora de conferir algum serviço aos varões que estão desejosos de servir a Deus na igreja.
“(...) não concordo que na ICM Deus pai foi substituído pelo filho Jesus, a soberania de Deus não é reconhecida (...)”
Não me recordo dessa substituição. Pelo menos enquanto estive servindo a Deus na ICM, nunca presenciei nada semelhante.
“(...) não concordo que a maioria dos hinos do hinário (coletânea) quase a totalidade, louvem e exaltem o nome de Jesus e não o nome de Deus (...)”
No início do artigo que escrevi sobre “O cristão e o Sábado” faço alguns comentários sobre o que é ser cristão e o que isso significa. Na condição de cristão, sou um discípulo de Jesus. Adorando, ouvindo e servindo a Jesus, acredito estar atendendo uma ordem do próprio Deus:
“Falava ele ainda, quando uma nuvem luminosa os envolveu; e eis, vindo da nuvem, uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi.” (Mateus 17:5 RA)
“(...) não concordo com recebimento de dízimos, isto não se aplica na época da Graça (...).”
Sobre dízimos, fiz alguns comentários que demonstram o meu pensamento a esse respeito na carta de nº 52, que está postada no site.
Amado, espero não ter frustrado suas expectativas.
O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.
Grande abraço,
Pastor Sólon.