Carta 21

02/07/2013 12:17

De: JOÃO

Data: 05/03/2009 22:51

Pastor  a Paz do Senhor.

Sou militar em CIDADE e exerço diaconato na ICM, onde converti em culto do dia do Soldado.

De certa forma concordo com o Senhor quando vimos os irmãos que vc cita dizerem exclusivistas, porém sem citar nomes, mas infelizmente temos admitir a vergonha que esta em muitas denominações, e nos lideres principais delas, que por exemplo após um adultério, roubo, homicídio simplesmente são transferidos, continuam a frente da igreja como se a igreja que comprado tão cara pelo Sangue de Cristo fosse deles, isso aqui dentro eu ainda não vi, (te digo eu não vi de repente o Senhor viu) e ja vi em muitas outras, aliás quase todas que eu conheço, dentro da ICM não interessa quem cometeu um destes deslizes e que não deve é achar que perdoou a si mesmo mas é batalhar pelo perdão.

Louvo o nosso Deus que tenho sim irmãos de Obra e de comunhão, como por exemplo na Assembléia de Deus que é uma igreja que se não fosse membro da ICM estaria lá alimentando deste Pão Eterno-JESUS, que aliás muito os abençoa lá e claro em muitas outras com esta visão ministerial.

De mais Pastor se o Senhor está vivendo o que prega neste estudo vamos fazer o seguinte, pregue o evangelho, somos companheiros em Cristo, para mim  que sou usado em mensagens, Obra do Espírito Santo, alcançou quem passou pela porta e está no estreito caminho de Cristo que o amado irmão sabe e claro devemos viver, por fora dele é religião, confusão, condenação e a nossa missão é levar a Palavra de Vida que um dia me alcançou, tirando de toda esta confusão e me dando uma missão lutar até o fim e ser salvo, claro que o amado irmão/companheiro e sua família.

Gostaria de um comentário do irmão, como que está hoje e que fosse sincero e pode opinar sobre o que escrevi.

Um forte abraço em Cristo.

 

De: pastor-solon

Data: sáb 07/03/2009 18:46

Querido irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.

Muito me alegra ver que você, como Diácono da Igreja Cristã Maranata, está servindo ao Senhor com integridade de espírito, dedicação e humildade. Também admiro sua postura, buscando pensar sobre os fatos da vida em que nós estamos inseridos e argumentar para colocar todas as coisas à prova e ver o que remanesce, tal como fará o Senhor quando, pelo fogo, provar a obra de cada um.

"11 Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. 12 Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, 13 manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará. 14 Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão;" (1 Coríntios 3:11-14 RA)

Bom, vou procurar comentar todas as suas colocações com sinceridade e cuidado para não ofendê-lo. Não me veio em momento algum nenhuma indignação contra suas colocações, por isso, ao ler minhas palavras, imagine alguém falando brandamente e procurando atender às suas expectativas com muito amor.

“(...) De certa forma concordo com o Senhor quando vimos os irmãos que vc cita dizerem exclusivistas, porém sem citar nomes, mas infelizmente temos admitir a vergonha que esta em muitas denominações, e nos lideres principais delas, que por exemplo após um adultério, roubo, homicídio simplesmente são transferidos, continuam a frente da igreja como se a igreja que comprado tão cara pelo Sangue de Cristo fosse deles, (...)”

Concordo plenamente com este trecho de sua carta. Sei exatamente a que você se refere, pois sou muito bem informado e procuro conhecer tudo aquilo que está ao meu alcance. Gostaria apenas de apresentar a você um ditado bastante conhecido: "um erro não justifica outro". Ou seja, o fato de outras pessoas falharem não pode servir como justificativa para os meus erros, mesmo que eu considere que os erros dos outros sejam maiores que os meus. Afinal, não encontro na bíblia classificação qualitativa de pecado (pecadão ou pecadinho). O que vejo é Deus amando o pecador e rejeitando toda sorte de pecado, independentemente se for um homicídio ou um atitude de desprezo (ódio) dirigida a um irmão.

"Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; ora, vós sabeis que todo assassino não tem a vida eterna permanente em si." (1 João 3:15 RA)

“(...) isso aqui dentro eu ainda não vi, (te digo eu não vi de repente o Senhor viu) e ja vi em muitas outras, aliás quase todas que eu conheço, dentro da ICM não interessa quem cometeu um destes deslizes e que não deve é achar que perdou a si mesmo mas é batalhar pelo perdão (...)”

Evidentemente, em qualquer estrutura organizacional, qualquer pessoa que esteja em posições mais elevadas terá uma visão privilegiada, isto é, verá coisas que quem está na base da pirâmide não consegue ver, mas como você já deve ter percebido, não tenho o propósito de levantar suspeitas sobre pessoas, apesar de ter assistido muitas coisas parecidas no passado. Se algo do que falei soou para você como uma denúncia, ainda assim estou resguardado pela palavra de Deus, que somente repugna acusações infundadas e sem provas. Releia o texto que escrevi e você verá que eu não disse nada que eu não possa provar e com um grande número de testemunhas.

“Não aceites denúncia contra presbítero, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas.” (1 Timóteo 5:19 RA)

Querido, eu não estranho que você só veja o defeito das outras denominações e não consiga ver suas qualidades, uma vez que, provavelmente, você nunca freqüentou nenhuma delas. Quando eu digo que conheço algo, falo com base na minha aproximação dos fatos e não com base em informações de terceiros.

"(...) Louvo o nosso Deus que tenho sim irmãos de Obra e de comunhão, como por exemplo na Assembléia de Deus que é uma igreja que se não fosse membro da ICM estaria lá alimentando deste Pão Eterno-JESUS, que aliás muito os abençoa lá e claro em muitas outras com esta visão ministerial.(...)"

Tive dificuldades neste seu trecho da mensagem. O que você chama de irmãos de Obra? Parece-me que você está fazendo distinção entre as pessoas que servem a Deus na ICM e nas demais igrejas. É isso?

"(...) De mais Pastor se o Senhor está vivendo o que prega neste estudo vamos fazer o seguinte, pregue o evangelho, (...)"

Sim, querido, estou vivendo o que prego, senão seria um mentiroso. E você bem sabe o destino dos mentirosos:

"Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê." (1 João 4:20 RA)

"Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte." (Apocalipse 21:8 RA)

Como você está suspeitando que meu testemunho não faz parte do evangelho, é preciso que você me diga o que você entende por "evangelho", para que eu possa me defender de sua suposição.

Embora eu tenha certeza que cada palavra que eu disse faz parte do evangelho doutrinário do nosso Senhor Jesus Cristo, talvez você não tenha como perceber isso se o seu conceito de evangelho for diferente do meu. É possível que você imagine que as boas novas da salvação excluam partes da bíblia. Não sei se você notou, mas a parte introdutória do meu testemunho fundamenta, na palavra de Deus, o meu modo de agir, ou seja, fiz o que fiz porque encontrei fundamentos bíblicos para fazê-lo.

Por isso, vou apenas mostrar-lhe o meu conceito de evangelho e, depois, você poderá me dizer se eu me afastei do evangelho.

Evangelion originalmente denotava recompensa por dar boas novas; mais tarde, a idéia de recompensa caiu e a palavra passou a representar as próprias “boas novas”. No Novo Testamento, denota as “boas novas” do reino e da salvação por meio de Jesus Cristo, a serem recebidas pela fé, com base em Sua morte expiatória, sepultamento, ressurreição e ascensão (At 15:7; 20:24; 1 Pe 4:7). O apóstolo Paulo, por sua vez, usa o termo em dois contextos associados, mas distintos, a saber:

a)    Historicamente - os fatos básicos da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo (1 Co 15:1-3), indispensáveis no contexto de qualquer evangelização;

b)    Doutrinariamente - a interpretação destes fatos (Gl 1:7,11; 2:2). No textos referenciados pode-se observar uma defesa da graça ameaçada pelos ensinos dos fariseus, momento em que Paulo escreve para evitar a distorção do evangelho (leia os dois primeiros capítulos de Gálatas para conferir o contexto). Em Gl. 2:14, “a verdade do evangelho” denota não o evangelho do ponto de vista histórico, mas o verdadeiro ensino do evangelho em contraste com as perversões que são feitas dele:

 “11 Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe face a face, porque se tornara repreensível. 12  Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago, comia com os gentios; quando, porém, chegaram, afastou-se e, por fim, veio a apartar -se, temendo os da circuncisão. 13  E também os demais judeus dissimularam com ele, a ponto de o próprio Barnabé ter-se deixado levar pela dissimulação deles. 14  Quando, porém, vi que não procediam corretamente segundo a verdade do evangelho, disse a Cefas, na presença de todos: se, sendo tu judeu, vives como gentio e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gálatas 2:11-14 RA)

Se eu entendi bem o que você me sugeriu, eu deveria fazer o que o apóstolo Paulo não fez e o que a ICM, também, não faz. Por que?

Apenas para lembrá-lo: nos cultos, nos maanains, nas reuniões de obreiros, nas reuniões de pastores, nas “grandes evangelizações” e nos sites da ICM não somente se anuncia o evangelho histórico, mas também se apresentam interpretações dele, até mesmo condenando aqueles que têm práticas contrárias àquelas defendidas pela Igreja Cristã Maranta. Tudo isso ocorre sutilmente, com base em expressões do tipo: “nesta obra revelada (ICM) não fazemos o que a religião ou o movimento faz...”, “na obra é diferente...”, “os pastores desta obra são assim...”, “esta obra não recebe dinheiro do governo...”, “somente a esta obra Deus revelou seus mistérios...”, “nós conhecemos o louvor que agrada a Deus...” etc. Afirmações semelhantes a estas possuem, subliminarmente, uma mensagem por trás que apenas pessoas inteligentes, conhecedoras do evangelho doutrinário podem captar.

Mas, voltemos à sua sugestão: Por que você entende que a ICM pode defender o que acredita e eu não? Você acredita mesmo que o Senhor Deus só se manifesta e revela seus mistérios na Igreja Cristã Maranata? Será que eu não posso ler e compreender espiritualmente a bíblia? Será que a ICM é a única igreja responsável pela adequada interpretação bíblica neste mundo, tal qual a Igreja Católica entende? (Veja o filme de Lutero e você entenderá melhor o que estou falando).

Querido, quando eu digo que o desprezo de irmãos de outras denominações, a intolerância e a soberba espiritual são como um câncer que vai levando o homem à morte sem que, no começo, ele se aperceba disso, será que eu não estou defendendo o evangelho de Cristo, que está fundado nas bases da comunhão, da paciência, da humildade e da vida?

Bom, até aqui acredito que estou defendendo o evangelho, do mesmo modo que a ICM. Mas, se você acha que eu não tenho este direito, apresente-me seu entendimento de evangelho e os fundamentos bíblicos que demonstrem que eu seja um herege. Não estou descartando a possibilidade de você estar certo, apenas estou dizendo que seus argumentos não trouxeram qualquer fundamento bíblico para que eu possa me defender adequadamente.

Se, por acaso, o evangelho a que você se refere é apenas o histórico, então vou entender que você me sugere que eu despreze boa parte das cartas do novo testamento e pregue apenas os fatos básicos da morte, sepultamento e ressurreição de Cristo e seus efeitos salvíficos. Mas, lembre-se, isso a Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR) também faz muito bem e você sabe que nós divergimos da ICAR não quanto a este aspecto, mas em relação àquilo que consideramos uma distorção do evangelho doutrinário de Cristo.

Pense no que você me sugeriu e responda: você aceitaria uma proposta (ou ordem) da ICAR para que você não pregasse sobre a idolatria, mas que apenas pregasse o evangelho histórico? Você se lembra o que os apóstolos responderam ao sinédrio quando foram surpreendidos anunciando aquilo que eles haviam proibido?

“28 dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. 29  Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5:28-29 RA)

Por fim, querido, como não sei qual parte da bíblia você sugere que eu não pregue, fica difícil entender sua proposta. Pessoalmente, entendo que devemos pregar toda a bíblia e temos a obrigação de defender a pureza do evangelho doutrinário, pois todas as mazelas do cristianismo, hoje, no meu entender, devem-se à utilização parcial da bíblia (apenas o que interessa), dando oportunidade à manipulação. Mas, como não sei o que você chama de "evangelho", não tenho como me defender.

“(...) somos companheiros em Cristo, para mim  que sou usado em mensagens, Obra do Espírito Santo, alcançou quem passou pela porta e está no estreito caminho de Cristo que o amado irmão sabe e claro devemos viver, por fora dele é religião, confusão, condenação (...)”

Irmão, perdoe-me, mas não consegui compreender exatamente o que você quis dizer. A que você se refere quando diz "Obra do Espírito Santo”?

No mais, supondo que a “porta” seja Jesus e que o estreito caminho de Cristo a que você se referiu seja o evangelho, concordo com o irmão: o budismo, por exemplo, está fora dele e, deste modo, com base na bíblia, posso afirmar que há religião, confusão e condenação:

“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (Atos 4:12 RA)

Mas, se você está se referindo a outras denominações evangélicas, seria mais responsável fundamentar sua afirmação, citando o nome e dizendo o que você viu, pessoalmente, para pensar que uma igreja evangélica não estaria anunciando Jesus como "o caminho". Ora, se há alguma igreja que não anuncia a salvação em Jesus, provavelmente não é evangélica.

Pessoalmente, acredito que uma igreja evangélica pode cometer muitos desvios do evangelho, como os que entendo que a ICM comete, mas não posso afirmar que elas estejam fora do caminho enquanto anunciam a Jesus como nosso exclusivo salvador. Acredito que as pessoas que vivem um evangelho distorcido podem sofrer algumas conseqüências, tais como: lares desestruturados, casamentos infelizes, filhos rebeldes, juventude inibida, vidas vazias e desmotivadas, doenças da alma, vida sem gozar das santas alegrias disponíveis aos crentes em Jesus etc. Mas, não posso dizer que estas pessoas, mesmo com vidas em sofrimento desnecessário, não sejam salvas ou, em suas palavras, estejam vivendo “religião, confusão, condenação”.

Que critérios você usa para dizer uma igreja não está no estreito caminho e para afirmar que se trata de uma "religião, confusão, condenação"? Estou fazendo esses questionamentos para que você note que o quanto está repetindo as mesmas coisas que ouve todos os dias e, quem sabe, até prega, mas sem que fique claro o que se quer dizer ou, pelo menos, sem o cuidado de apresentar fundamentos bíblicos para demonstrar as afirmações que se faz.

Por fim, se o “estreito caminho” a que você se refere diz respeito às orientações específicas de denominações (faça isto e não faça aquilo; converse com este e não converse com aquele; leia isto e não leia aquilo; venha aqui e não vá ali etc.), permita-me discordar de você mais uma vez, pois, creio que o “caminho estreito”, em poucas palavras, é um andar puro, em santificação, negando o pecado, os prazeres impuros do mundo e suas filosofias anticristãs, para anunciar e defender o evangelho de Cristo, ainda que tenhamos que sofrer por causa dele.

“Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16:24 RA)

(...) e a nossa missão é levar a Palavra de Vida que um dia me alcançou, tirando de toda esta confusão e me dando uma missão lutar até o fim e ser salvo, claro que o amado irmão/companheiro e sua família(...)”

Antes de tentar responder, preciso ver se estou no caminho certo e compreendendo bem sua mensagem. Antes, tentei comentar sua impressão de que eu não estou pregando o evangelho. Agora, parece-me que tenho que me explicar sobre não estar cumprindo a missão de levar a “Palavra de Vida”.

Pois bem, concordo com você quando afirma que temos a missão de levar a palavra de vida. Mas, fica a pergunta: o que você chama de palavra de vida?

Querido, quanto a pregar o evangelho histórico, a dizer e a demonstrar às pessoas que Jesus perdoa nossos pecados por meio de seu sacrifício, nos salva, nos cura, nos liberta e nos batiza com o Espírito Santo, sugiro que você assista a um de nossos cultos de domingo, às 19 horas, na EQNO 5/7, Bloco F, lojas 1/2, - Ceilândia-DF e, tenho certeza, sua impressão será radicalmente mudada a meu respeito.

Mas, se você entende que a nossa missão é apenas pregar o evangelho histórico, com as peculiaridades referidas, devo dizer que minha visão não é assim tão limitada, por várias razões. Vou apresentar apenas duas delas.

A primeira é o conteúdo das cartas do novo testamento, a exemplo dos ensinos do apóstolo Paulo, de Pedro e de Tiago. Você acredita que o evangelho histórico é suficiente para tirar toda a confusão? Então Paulo perdeu muito tempo doutrinando e exortando a igreja, falando sobre casamento, família, idolatria, avareza, impurezas, comunhão entre irmãos e combatendo o farisaísmo, o pecado e a perversão do evangelho dentro da igreja. O que dizer, então, de Tiago que teve que ensinar sobre o controle da língua? Ora, em todos estes casos o conselho e exortação estavam sendo dirigidos à igreja, onde todos já conheciam o evangelho histórico, mas tinham que ser tratados, acompanhados e o evangelho doutrinário tinha que ser ensinado e monitorado na vida da igreja para que as pessoas não fossem enredadas e viessem a cair em situação pior que a anterior.

“Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o primeiro.” (2 Pedro 2:20 RA)

“9  apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem. 10  Porque existem muitos insubordinados, palradores frívolos e enganadores, especialmente os da circuncisão. 11  É preciso fazê-los calar, porque andam pervertendo casas inteiras, ensinando o que não devem, por torpe ganância. 12  Foi mesmo, dentre eles, um seu profeta, que disse: Cretenses, sempre mentirosos, feras terríveis, ventres preguiçosos. 13  Tal testemunho é exato. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sadios na fé 14  e não se ocupem com fábulas judaicas, nem com mandamentos de homens desviados da verdade. 15  Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas. 16  No tocante a Deus, professam conhecê-lo; entretanto, o negam por suas obras; é por isso que são abomináveis, desobedientes e reprovados para toda boa obra. 2:1 ¶ Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina.” (Tito 1:9-2:1 RA)

“prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Timóteo 4:2 RA)

 “e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado;” (Hebreus 12:5 RA)

A segunda razão para que eu não me limite ao evangelho histórico é a seguinte:  repreensão, exortação e aconselhamento também são palavras de vida.

“Dize estas coisas; exorta e repreende também com toda a autoridade. Ninguém te despreze.” (Tito 2:15 RA)

O ensino do sábio é fonte de vida, para que se evitem os laços da morte.” (Provérbios 13:14 RA)

“Não repreendas o escarnecedor, para que te não aborreça; repreende o sábio, e ele te amará.” (Provérbios 9:8 RA)

“Porque o SENHOR repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.” (Provérbios 3:12 RA)

Por fim, amado, gostaria que você meditasse e me respondesse: você e a sua igreja fazem o que você sugere que eu faça? Não é razoável que queiramos que os outros façam aquilo que nós mesmos não fazemos.

Observe que a sua denominação, a Igreja Cristã Maranata, acertadamente, não se limita a “levar a Palavra de Vida”, nos termos em que você sugeriu que eu fizesse. Se você prestar atenção verá que foi a ICM que me ensinou a zelar pela prevalência da doutrina bíblica, em toda a sua extensão, pois mesmo a exortação é vida para os que a ouvem.

Diga-me, com sinceridade:

a)    a ICM se limita a pregar mensagens de evangelização (evangelho histórico) ou ela também procura doutrinar seus membros?

b)    a ICM defende a doutrina bíblica quando entende que ele está sendo deturpado, ou deixa pra lá?

c)    O que você tem ouvido nos maanains e nas reuniões de obreiros sobre seitas e heresias não é uma reação da ICM contra aquilo que ela acredita que é contrário ao evangelho doutrinário?

Olhe para o seu próprio contexto e veja se você daria a sugestão que me deu para o Presbitério Espírito Santense (PES) da Igreja Cristã Maranata. Você teria coragem de sugerir ao PES que abolisse os sete períodos de Maanaim, uma vez que seria desnecessário ouvir aulas do tipo: “idolatria” (principiantes); “Daniel” (2º e 3º períodos); “A palavra seita” (6º período), “Síndrome da queda espiritual” e mensagens sobre seitas e heresias? Você teria coragem de sugerir ao seu pastor que somente pregasse o evangelho histórico – para a salvação de vidas - e depois não as doutrinasse?

Filho, perdoe-me se fui minhas palavras pareceram ácidas, mas não encontrei outro modo de comentar sua carta sem trazer um pouco mais de detalhes e abrir um pouco mais o assunto para facilitar a reflexão.

“O que repreende ao homem achará, depois, mais favor do que aquele que lisonjeia com a língua.” (Provérbios 28:23 RA)

Não quero que você pense que eu sou um franco atirador. Não sou. Minhas palavras têm endereço certo. São dirigidas a ex-membros que se sintam rejeitados pela ICM e que estejam desesperançados quanto  à possibilidade de voltarem a ser bênção nas mãos de Deus, ainda que seja em outra denominação.

Entretanto, não posso evitar que membros da ICM visitem o meu site. Estes, segundo o que aprendi enquanto eu era pastor na ICM são desobedientes (?), pois não estão cumprindo com a orientação do Presbitério quanto aos acessos via internet. Se eu pudesse dar um conselho aos irmãos fieis da ICM, diria para acessarem somente os sites da ICM, pelo menos enquanto estiverem convictos de que estão no lugar que Deus quer que estejam.

 “(...) Gostaria de um comentário do irmão, como que está hoje e que fosse sincero e pode opinar sobre o que escrevi. Um forte abraço em Cristo.”

Amado, tudo o que escrevi, o fiz porque você pediu a minha manifestação e a minha sinceridade. Repito o que disse começo: não me veio em momento algum nenhuma indignação contra suas colocações. Ao contrário, admiro sua coragem de combater aquilo que você acha que está errado.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.