Carta 102

02/07/2013 14:56

Data: 6 de novembro de 2010 00:51,

De: JOÃO

Assunto: O “evangelho do medo” não é o Evangelho de Cristo

Infelizmente muitos cristãos têm vivido o “evangelho do medo”. Muito cristão tem crido em “batalhas espirituais” relatadas por livros ditos cristãos.

Ao crer nestas “batalhas espirituais” o cristão passa a viver um “evangelho do medo”, pois passa a ter medo de pecar, medo de esquecer de orar, medo de faltar os cultos, medo de não ler a Bíblia, medo de perder a salvação, medo de não dizimar "pois o devorador vai arruinar a sua vida financeira" e etc... Isso é muito bom para os lideres mal intencionados, pois mantém seus seguidores em rédeas curtas. Mas, não é o evangelho de Cristo que eu conheço!

Estes Cristãos estão vivendo um falso evangelho, pois perdem o seu foco em relação à soberania de Deus e passam a crer em “batalhas espirituais” que só lhes trazem mal estar. Prezados irmãos em Cristo creiam que Deus está no controle de tudo. Lembrem-se “uma folha da árvore não cai sem que Deus não perceba”. Lembrem-se que somos a menina dos “olhos” de Deus e nossos nomes estão na palma de suas mãos como diz no livro de Isaías.

Prezados irmãos em Cristo vivam o evangelho genuíno de Cristo e não se prendam em livros de “divinas revelações ou batalhas espirituais”. Creiam na soberania de Deus no seu cuidado revelado na Bíblia sagrada como relatado nos Salmos 139.

Lembrem-se que para Jó ser tocado pelo inimigo teve de passar pela permissão de Deus. Assim é com a nossa vida também, tudo para ocorrer, seja bom ou mal tende passar pela permissão de Deus. Pois ele é o alfa e o ômega o princípio e o fim. E tudo está em suas mãos. E quem entende seus planos, pois seus pensamentos não são nossos pensamentos e nem seus planos nossos planos.

Graça e paz e amém.

 

De: Pr. Sólon

Assunto: Re: O “evangelho do medo”

Para: João

Data: Segunda-feira, 8 de Novembro de 2010, 12:24

Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja com você.

Como você, tenho a sensação de que estamos vivendo uma época de intensa distorção do evangelho que nos foi outorgado pelo Senhor Jesus. Os falsos cristos e falsos profetas estão circulando em nosso meio livremente e continuamente são honrados pela população evangélica que tem dificuldades de discernir suas reais intenções.

Entretanto, amado, quando desejamos questionar doutrinas que não aprovamos, por entender que destoam da mais pura interpretação teológica, é necessário expressarmos o que elas afirmam e qual a base bíblica em que elas se apóiam para, em seguida, refutarmos seus argumentos com os nossos, também fundamentados.

Creio que podemos e até devemos apontar o que consideramos falsas doutrinas para levar o povo de Deus à reflexão. Mas, aos fazermos isso, por que não optarmos pela maneira mais responsável de criticar?

Por exemplo: você citou algumas passagens sem dar as referências bíblicas para que pudéssemos conferir se você foi fiel ao texto e sem retirá-lo do contexto. Honestamente, algumas de suas citações não encontrei na bíblia do jeito que você citou, a exemplo da folha da árvore, da menina dos olhos, dos nomes na palma das mãos de Deus... em Isaías? 

Veja que você negou a possibilidade da luta empreendida nas regiões celestiais sem nos mostrar por que o texto de Efésio 6:12 deve ser afastado de nossa consideração espiritual.

Lembre-se, querido, que nossos argumentos ganham autoridade quando não são nossos, mas fielmente retirados da palavra de Deus, que é o fundamento da nossa fé. Veja o exemplo de Paulo:

"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim." (Atos 17:11)

Espero, sinceramente, que o irmão não me queira mal por essas considerações.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.

De: João

Para: Pastor Sólon

Data: ter 09/11/2010 00:10

Prezado pastor Sólon agradeço as suas considerações , elas foram bastante enriquecedoras.

 Atenciosamente,

JOÃO