A Igreja

A Igreja

Por que Celeiros?

A Igreja Cristã Celeiros, dissociando-se em boa medida da mensagem evangélica hodierna, foca-se nas promessas de uma vida eterna, onde a abundância almejada é a da própria vida, plena, como Jesus prometeu (Jo 10:10). Nosso anseio é alcançarmos a cidade celestial (Hb 11:13-16 - Ap 21:1-7), preparada por Jesus para seus seguidores (Jo 14:1-3). Lá, esperamos receber a recompensa (Ap 22:12-14), reservada àqueles permanecerem fieis até a morte (Ap 2:10), aos "mais que vencedores" (Rm 8:35-39 - Ap 21:7). Os bens que nos esforçamos por alcançar são imateriais, como a paz de Jesus (Jo 14:27), a plenitude de Deus e a felicidade permanente (Ap 21:1-4). Com esse firme propósito, a realização espiritual está em primeiro lugar (Mt 6:33). Evidentemente, em nossa humanidade queremos viver bem com nossas famílias e com nossos semelhantes, desfrutando de toda sorte de provisão, de harmonia social e de sossego em nosso espírito, mas aceitamos sempre a soberania de Deus.

Sendo esse nosso objetivo, queremos ser o trigo a ser reunido no celeiro do Senhor e não a palha ou o joio que serão lançados no fogo quando da consumação dos séculos (Mt 13:37-43). Mas, enquanto esse dia não chega, pretendemos fazer de cada uma de nossas igrejas um celeiro de homens e de mulheres que se preparam para uma vida eterna com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (Mt 13:30).

"Deixem que cresçam juntos até à colheita. Então direi aos encarregados da colheita: Juntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; depois juntem o trigo e guardem-no no meu celeiro" (Mt 13:30)

"Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias. Ele os batizará com o Espírito Santo e com fogo. Ele traz a pá em sua mão e limpará sua eira, juntando seu trigo no celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga". (Mateus 3:11-12)

Enfim, assim como os apóstolos não se escandalizaram em Jesus, mesmo ao ouvirem as palavras mais difíceis, seguiremos o Mestre e sua mensagem do evangelho, mesmo quando ela nos pareça menos simpática. Afinal, Jesus tem as palavras de vida eterna:

"Jesus perguntou aos Doze: "Vocês também não querem ir? Simão Pedro lhe respondeu: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. (Jo 6:67-68)

Ritual, cerimonial e modelo

 

A igreja não deve seguir rituais ou tradições do velho testamento, mas do Novo. As cerimônias são importantes e valorizam a presença de um Deus santo, que deve ser expressa com sentimento de reverência e temor, mas isso segundo o modelo que só passou a existir com a instituição da igreja.

Infelizmente, muitas igrejas chamadas evangélicas estão se inclinando, cada vez mais, aos rituais e cerimonias do Velho Testamento, justificando suas práticas nas tradições judaicas e não cristãs. Nesse particular, é bom deixar claro que não somos neopentecostais, nem na forma, nem na doutrina, nem nas práticas. Respeitamos quem introduz o neopentecostalismo em suas práticas religiosas, mas rejeitamos absolutamente sua teologia.

A propósito, estamos reticentes inclusive quanto à expressão "evangélica", preferindo a simplicidade da expressão "cristã", uma vez que o termo evangélico hodiernamente desassociou-se do que se espera de um discípulo de Jesus Cristo, Senhor.

Sendo assim, a Igreja "Cristã" Celeiros, não adota a teologia neopentecostal e nem o modelo verotestamentário para suas reuniões, preferindo o padrão da simplicidade e da objetividade em suas reuniões e cultos.

Preparação para servir a Deus

 

Conquanto o crente é, no máximo, um vaso de barro (2 Co 4.7) por meio do qual Deus se revele, ele é o ponto vivo de contato entre o Senhor e aqueles que Ele procura para salvar "... pela loucura da pregação" (1 Co 1.21). A missão da pregação do evangelho foi conferida aos homens e não aos anjos. Por isso, todo crente tem a responsabilidade de pregar o evangelho do Senhor Jesus.

A igreja prepara as pessoas para serem obreiros de Deus (pastores, evangelistas, diáconos etc), os quais devem ser estudiosos da palavra de Deus e buscar ter uma vida consagrada e cheia do Espírito Santo. Para isso, não há mágica. É necessário ler, estudar, meditar, orar e jejuar.

O crente não deve se esquecer que, a qualquer momento, pode ser chamado à pregação do evangelho, seja no trabalho, na escola, nas reuniões sociais etc. Para essas ocasiões não pode estar vazio. Ao contrário, deve saber o que falar (1 Pe 3.15).

Por fim, os conceitos da psicologia (conhecimento do comportamento humano) e de qualquer outra ciência são válidos para enriquecer uma exposição bíblica, mas nunca devem tomar o lugar da Palavra nem da centralidade de Cristo.

Ensino bíblico

 

Em tempos em que toda sorte de heresias se espalham com facilidade e penetram sorrateiramente para a destruição da verdade, é necessário que o ensino bíblico seja bem estabelecido, coordenado e supervisionado. Todos as doutrinas cristãs podem ser questionadas, avaliados e testadas, mas, uma vez estabelecidas, devem servir de padrão para o ensino de todo o grupo. Isso favorece o crescimento uniforme e protege aqueles que seguem os valores e princípios cristãos dos constantes ataques que o próprio evangelho tem sofrido por parte de grupos ditos evangélicos que negam a Cristo com seus comportamentos extravagantes, supostamente amparados pelas escrituras sagradas.

“Assim como, no meio do povo, surgiram falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição.” (2 Pedro 2:1 RA)

Portanto, em se tratando de uma denominação cristã, o ensino bíblico não é uma questão de menor importância, mas a essência e o fundamento da igreja. Na Igreja Cristão Celeiros, o ensino bíblico é indispensável e deve ser orientado, coordenado, supervisionado e não pode estar sujeito às experiências pessoais de cada pastor ou líder.

Membros

 

Membros são as pessoas convertidas ao evangelho do Senhor Jesus e comprometidas com o trabalho realizado pelo ministério. O comprometimento se expressa pela livre declaração de vontade, pelo batismo nas águas, pela disposição em participar ativamente dos trabalhos da igreja, bem como pela participação financeira para o sustento e desenvolvimento dos projetos do ministério.

A livre declaração de vontade é essencial porque a participação neste ministério é sempre voluntária, não-profissional, e jamais por imposição ou constrangimento.

O batismo nas águas é necessário porque para alcançá-lo deve-se, primeiro, passar por aulas destinadas a novos convertidos, ocasião em que se aprende os fundamentos da salvação e do caminhar segundo a vontade de Deus. Logo, o batismo implica um conhecimento básico que permite que o candidato tome sua decisão de declarar publicamente sua disposição em mudar o curso de sua vida para seguir o evangelho do Senhor Jesus.

A disposição em participar ativamente dos trabalhos da igreja é importante, pois para que possamos alcançar e servir às necessidades das pessoas atraídas pela pregação do evangelho temos que contar com cooperação dos membros, pois "uma andorinha sozinha não faz verão".

Por último, quando alguém se propõe a participar financeiramente para o sustento e desenvolvimento dos projetos do ministério é porque já percebeu que o trabalho é sério, honesto e comprometido com os propósitos divinos. Logo, tal disposição é indispensável para a decisão de se tornar membro, pois revela confiança não só em Deus, mas no ministério a que se deseja estar vinculado. Isso é importante, pois a igreja depende de recursos financeiros para se manter e prosperar em sua missão. Para tanto, conta com seus membros, mas observando os princípios da voluntariedade e da generosidade. Afinal, a contribução nunca deve ser por imposição ou por constrangimentos sob o pretexto da obrigatoriedade de dízimos e de ofertas, uma vez que entendemos ser equivocados esses ensinamentos. 

Embora sejam esses os quatro critérios observados para o reconhecimento de um membro, nem sempre eles estão todos presentes, como é o caso de crianças, (não são batizadas e nem contribuem financeiramente), adolescentes (não contribuem financeiramente, embora possam ser batizados) ou pessoas desempregadas, que não podem contribuir financeiramente. Portanto, a ausência de um desses requisitos, conforme o caso, não impede que uma pessoa seja considerada membro da igreja.

É bom esclarecer que a igreja é movida por seus membros, mas trabalha para todos, indistintamente. A Igreja Cristã Celeiros tem a missão de evangelizar, cuidar dos necessitados, estender a mão aos fracos, informar e ensinar os valores e princípios de Deus a todos, indistintamente. Para esse mister, confia em suas lideranças e em seus membros, transferindo-lhes responsabilidades e cuidando para que, dentro dos limites delegados, sejam cumpridas segundo os princípios cristãos que adotamos.

Evidentemente, nada se pode exigir daqueles que optam por apenas frequentar a igreja, mas não estão dispostos a viver os mesmos valores e princípios que adotamos. Estes são livres para agir segundo suas próprias convicções e não devem ser discriminados por isso.

Eis, portanto, a razão para que somente sejam registrados como membros aqueles que atendam aos critérios previamente estabelecidos e conheçam os princípios e valores que adotamos, decidindo persegui-los conosco.

Por fim, vale esclarecer que eventual recebimento de membros de outras denominações, que decidem seguir nossos passos, é sempre precedido de contato com suas lideranças anteriores. De igual modo, quem sai da Igreja Cristã Celeiros, recebe uma carta de recomendação com nossos contatos.

Usos e costumes

 

Perseguindo os objetivos essenciais da reconciliação e da comunhão do homem com Deus, a Igreja Cristã Celeiros não impõe usos e costumes, mas sempre espera que seus membros observem os princípios bíblicos da decência dentro da moralidade média de cada cultura.

Correção e disciplina

 

A ausência de disciplina significa ausência de amor. Essa é uma definição bíblica.

“4 Ora, na vossa luta contra o pecado, ainda não tendes resistido até ao sangue 5  e estais esquecidos da exortação que, como a filhos, discorre convosco: Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; 6  porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. 7  É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige? 8  Mas, se estais sem correção, de que todos se têm tornado participantes, logo, sois bastardos e não filhos. 9 Além disso, tínhamos os nossos pais segundo a carne, que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos de estar em muito maior submissão ao Pai espiritual e, então, viveremos? 10 Pois eles nos corrigiam por pouco tempo, segundo melhor lhes parecia; Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da sua santidade. 11 Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. 12 Por isso, restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; 13  e fazei caminhos retos para os pés, para que não se extravie o que é manco; antes, seja curado. 14  Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor,” (Hebreus 12:4-14 RA)

A questão é: como se deve exercer a disciplina com amor e respeito para que a ordem seja mantida sem que as pessoas sejam perdidas? O mesmo que foi dito em relação à liderança, ao abordar o modelo da “confiança”, vale para qualquer outra pessoa que precisa ser corrigida em amor. Ninguém deve ser descartado ou abandonado por falhar, mas é importante que seja corrigido para que não venha a perecer. Evidentemente, a disciplina, sendo um exercício de amor, não deve impor terror.  Quando adequadamente aplicada e aceita, gera aperfeiçoamento e vida. Por isso, deve ser exercida quando necessária, mas sempre associada aos valores aqui tratados.

A verdade pode doer, mas não pode ser afastada!

 

Embora o mensageiro de Deus deva ser cuidadoso ao transmitir a mensagem, de modo que não ofenda as pessoas, não pode se afastar da verdade do evangelho para agradar seus ouvintes ou se preocupar com a receptividade do público: "... tu lhes dirás as minhas palavras, 'quer ouçam quer deixem de ouvir..." (Ez 2.7)

Sabemos que a verdade dificilmente agradará a todos. Quando Paulo pregou no areópago, o público dividiu-se em três grupos: escarnecedores, indiferentes e alguns que creram (At 17.32-34). Na parábola do semeador  somente a quarta parte da semente lançada sobre a terra produziu (Mt 13.3-8). Também, Estêvão após pregar uma das mais profundas mensagens cristocêntricas de todos os tempos, apresentando Cristo como o Justo, acabou sendo apedrejado (At 7).

Santificação é fundamental!

 

A santificação é fundamental, porque sem uma vida separada do pecado a comunhão com Deus fica prejudicada, desqualificando o crente em sua missão em favor do reino de Deus enquanto aqui nesta terra.

Entendemos que a santificação (Hb 12.14) denota separação do pecado e uma vida de purificação (1 Jo 3.1-3). Como disse o profeta Isaías, "... purificai-vos, os que levais os utensílios do Senhor" (Is 52.11).

Sabemos que falar de santificação não é uma tarefa fácil nos tempos modernos, mas é inseparável da mensagem da cruz, pois ser santo envolve boa consciência (1 Tm 1.5,19; 2 Tm2.22), vida de oração (1 Tm2.1-5), bom testemunho (1 Tm 3.7), vida cheia do Espírito (At 6.3-5; Ef 5.18) e aplicação à leitura da Palavra (1 Tm 4.13). Ser santo implica, ainda, não se embaraçar com negócios dessa vida (2 Tm 2.4; 1 Tm 4.6; Hb 12.1,2).

Sistema contributivo e distributivo

 

Mesmo sem a cobrança de dízimos, a igreja de Jesus aprendeu o verdadeiro significado do amor e cooperou generosamente com o trabalho apostólico. Do que foi arrecadado, houve repartição e frutificação.

Como se pode notar no livro de Atos dos Apóstolos e em outras cartas paulinas às igrejas, havia coletas entre os mais abastados (embora não fossem ricos) para fornecer socorro e amparo aos que tinham menos, os quais chegaram a passar privações. O espírito da comunidade cristã deveria ser altruísta, pois esse foi o exemplo do fundador da Igreja, Jesus. Por isso, em certa ocasião, os cristãos de Coríntios foram repreendidos, porque durante a ceia não partilhavam seus alimentos com seus irmãos mais pobres.

Daí concluímos que não convém que uma igreja local ou congregação passe por privações enquanto haja outras abastadas. Do mesmo modo que Paulo ordenou coletas e da mesma maneira que os apóstolos levantaram diáconos para cuidar da distribuição diária (redistribuição, na verdade) do que era recolhido dos mais abastados, a liderança da Igreja deve administrar os recolhimentos das igrejas para repartir e minimizar as diferenças entre igrejas ricas e pobres.

O fato de haver denominações cujas lideranças não cumprem adequadamente com sua função e responsabilidade - umas retendo, outras desviando valores – não deve nos desestimular de fazer o que tem de ser feito, pois um erro não justifica o outro. Quem desvia ou se enriquece indevidamente às custas da igreja trabalha para Satanás, mas quem deixa de recolher e de redistribuir com igualdade, honestidade e justiça também está contribuindo para que a vontade de Deus não seja realizada.

Portanto, a administração financeira e a provisão do grupo como “um todo” é uma grande responsabilidade da igreja e não podemos negligenciar princípios basilares da doutrina cristã, razão pela qual a Igreja Cristã Celeiros possui administração transparente e centralizada.

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