Carta 49

02/07/2013 12:40

De: MARIA

Em ter 05/06/2009 16:48

E-mail - maria

Pr. Solon, a paz do Senhor Jesus, meu nome é MARIA fui nascida e criada na ICM.

Éramos de lá minha mãe, meu pai, meu irmão e eu. Eu e meu irmão instrumentistas, meu pai Obreiro e do G. de Louvor e minha mãe do G. de Louvor. Enfim, hoje não somos mais de lá, mas não esquecemos as coisas boas que aprendemos e nem as coisas rins que lá sofremos. Estamos congregando na Igreja (...) no bairro (...). Gostaria muito de saber em que lugar aqui no (...) tem uma igreja de vocês, quero muito conhecer. Eu vi alguma coisa no youtube. Como pode um pastor da ICM fundar uma igreja e ser tão diferente da ICM uma vez que outrora "falávamos mal" das outras denominações pelo fato delas baterem palma e etc? Entenda bem, não estou criticando, acho muito bom, mas penso que se é difícil para nós meros membros nos adaptarmos em outra denominação, imagine um pastor da ICM. Como funciona isso, ser pastor da ICM por anos e sair por revelação de Deus e conseguir fazer um culto diferente do que vivia? Como o Se. aprendeu essa coisa de bater palmas e etc. uma vez que não vivia isso na ICM?

Outra dúvida, é normal pensar em voltar pra ICM mesmo estando muito bem na minha igreja atual e sendo usada (toco teclado)? Por que não consigo esquecer a ICM, seus louvores (que ainda ouço e gosto), suas pregações, seu estilo de culto no que diz respeito da organização e reverência dentro do templo e etc. e por o não passar sacola e o Maanaim? 

Pr. sou grata desde já por sua atenção!!

A paz do Senhor Jesus!!

De:pastor-solon

Para: MARIA

Data: 20/07/2009

Prezada irmã MARIA, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.

Perdoe-me pela demora em responder, mas como já havia lhe falado, o final do semestre foi repleto de atividades. Hoje estou de folga, pois cheguei de viagem ontem e estarei viajando amanhã, por isso, resolvi responder algumas mensagens atrasadas em minha caixa postal.

Minha irmã, no início de sua mensagem você disse que guarda boas e más lembranças do tempo em que serviu a Deus na ICM. Suponho que algo esteja lhe incomodando. Talvez você esteja vivendo um conflito entre o prazer das boas lembranças e a dor das más lembranças. Notei, também, que você deixou um pedaço de sua vida no passado e não está convicta de que o que o que vive no presente é o melhor para você.

Isso é normal quando não saímos de onde estávamos por livre e sã consciência, mas por circunstâncias alheias à nossa vontade. É como o filho que é expulso da casa do pai ou sai antes da hora, por circunstâncias alheias à sua vontade. O fio de ligação com seus pais não se rompe do modo planejado por Deus e a nova vida não se torna plena. Observe que Deus ordenou que o homem deixasse seus pais para que se unisse à sua mulher, para serem dois em uma só carne. Ou seja, esse é o modo correto de se deixar um primeiro vínculo para se criar outro. Quando o primeiro vínculo não se rompe, o outro não se torna forte.

Entenda, se o vínculo com sua primeira casa espiritual não se romper, você não conseguirá formar um segundo elo com a mesma força. Será sempre uma pessoa incompleta e frustrada. Será uma pessoa de crítica aguçada, que não se desenvolve nem contribui com sua nova igreja, trazendo frustrações e dores para sua alma. Ao mesmo tempo que você ama o que deixou para trás, sente que não pode voltar, pois se lembra da dor que lá sofreu. Assim, esse conflito lhe traz dor ao coração.

As lembranças do passado têm importantes funções em nossas vidas: entre elas: o aprendizado, o reconhecimento e a gratidão. Porém, quando nos lembramos de fatos passados e nosso coração se entristece ou mesmo nos coloca “para baixo” é porque está sinalizando que alguma ferida não foi curada. Talvez, esteja fechada por uma camada exterior, mas por dentro ainda esteja aberta. Para esses casos costumamos dizer que precisamos de cura em nossa alma. Esse é um dos temas que tratamos em nosso seminário de “Encontro com Deus”. No último que realizamos aqui em Brasília, tivemos 18 participantes do (...).

Se você me permite, vou falar um pouco a esse respeito com você.

Cura é a designação de uma ação que debela uma doença que ataca o ser vivo. Como sabemos, a doença produz degeneração, dores, sequelas e pode levar à morte se não for tratada. Sabe-se que há doenças que atingem o nosso corpo físico, mas, também, que há doenças que atingem o nosso psíquico. Do mesmo modo que há tratamento e cura para o corpo, há tratamento e cura para as doenças psíquicas.

Quando se fala em doença física, que atinge o nosso corpo, logo pensamos em remédios, naturais ou químicos, ou até mesmo em cirurgias para debelar a doença, já que não queremos morrer.

De outro modo, quando se fala em doenças psíquicas, distúrbios mentais e emocionais, o que vem à nossa mente são terapias, individuais ou em grupo. Atualmente, as terapias têm sido utilizadas em larga escala, tanto por ímpios como por crentes, uma vez que a própria ciência já constatou que os remédios até podem auxiliar o tratamento, complementando substâncias que estão em baixos níveis no organismo humano, mas não são capazes de alterar o modo como as pessoas reagem às situações da vida. Já a terapia tem esse potencial.

E essa é a grande causa de transtornos psíquicos e emocionais: fatos traumáticos da vida. É verdade que nem sempre os fatos da vida, em si, produzem distúrbios emocionais. Isso vai depender da estrutura emocional das pessoas e do modo que elas reagem às situações da vida. Por exemplo: diante de uma crise financeira, um crente em Jesus, firmado na palavra de Deus, e consciente de sua condição neste mundo, reagirá de um modo diferente de um ímpio que confia apenas nos recursos materiais disponíveis. Outro exemplo: um adulto, equilibrado emocionalmente, terá melhores condições de reagir a uma situação de desprezo do que uma criança, que ainda é frágil e indefesa.

Por isso, traumas vividos na infância são, frequentemente, causadores de desequilíbrios emocionais ao longo de toda a vida da pessoa, pois quando o indivíduo vive em sua infância alguma situação de agressão, desamparo, abandono, desprezo, discriminação etc. ainda não tem estrutura emocional e preparo para reagir de modo adequado a esses eventos. E esses traumas podem acompanhá-las, de modo oculto em seu íntimo, produzindo comportamentos diversos em sua vida adulta, sem que ele saiba que a origem de suas “fobias”, medos e insegurança podem estar em situações vividas em seu passado.

Por isso, a cura interior é um dos processos que trata as causas da enfermidade da alma, possibilitando a renovação da mente, ordenada por Deus em Romanos 12:1,2:

"Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus."

E ninguém melhor que o Espírito Santo de Deus para nos ajudar nessa tarefa. Quando fazemos esse trabalho de cura interior, não há neste processo de renovação da nossa mente qualquer interesse mórbido por circunstâncias dolorosas do passado. Mas, por um momento, é necessário deixarmos o Espírito Santo trazer à nossa mente alguns acontecimentos vividos para poder determinar até que ponto eles ainda estão vivos e ativos no nosso inconsciente no momento presente.

É certo que, quando aceitamos a Jesus, passamos pelo processo do novo nascimento. Esse processo ocorre no espírito. Não se dá nem no corpo e nem na alma. Em 1 Tessalonicenses 5:23, a Bíblia diz que Deus nos fez de três elementos: espírito (onde o Espírito Santo mora); alma (mente - nossa fonte de raciocínio, pensamentos, memória, sentimentos, vontades e decisões); e corpo (nossa estrutura física).

Chamamos de cura interior a cura da nossa alma, pois é na mente que se estabelecem as variações de nossos sentimentos (amor x ódio; mágoa x paz; inveja x satisfação; tristeza x alegria, ansiedade x confiança etc.), bem como as lembranças desagradáveis de situações que estão guardadas na memória e que podem ter provocado sentimentos de rejeição, angústia, culpa, medo etc.

Mediante o processo da cura interior, por meio da oração e da ação do Espírito Santo de Deus, alteramos o modo como reagimos a certas situações desagradáveis da vida, bem como o modo como nos sentimos em relação a certas fortalezas que se instalaram em nossa mente, tais como complexo de inferioridade, discriminação, autopiedade, medo, tristeza etc. A cura interior é uma renovação da mente.

Todos os que são nascidos de novo, filhos de Deus, possuem em suas vidas sinais claros de envelhecimento da alma demonstrados através de atitudes e comportamentos. Porém, a salvação de Deus é integral. Ele quer que apresentemos íntegros o nosso espírito, alma e corpo:

“O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.” (1 Ts 5:23 RA)

 

 

Ao longo de nossas vidas podemos ser feridos em nossa alma em decorrência de nossos relacionamentos, e a alma torna-se adoecida, perdendo sua integridade original quando vai acumulando ressentimentos, mágoas, ódio, inveja, desejo de vingança etc. Ainda que alguém pense que não tem feridas e que não necessita de cura, ao se deparar com a ordem "transformai-vos pela renovação da vossa mente" (Rm 12:2), é obrigado a entender, por meio da Palavra, que precisa de renovação, pois a alma e o corpo não nasceram de novo no ato do novo nascimento.

Se formos honestos, teremos que admitir que precisamos passar pelo médico dos médicos (Jesus) e aceitar o seu diagnóstico para depois tomarmos o remédio correto e sermos curados. Nesse exame, Jesus avaliará os sinais e sintomas da doença da nossa alma. Os sinais são aqueles que podem ser notados por outras pessoas próximas a nós. É o que se vê. Já os sintomas são os sentimentos do paciente – aquilo que ele relata.

Para que possamos ser examinados por Jesus e sabermos se precisamos de cura, a primeira coisa a fazer é dar crédito à palavra de Deus, pois ela será a base para toda a operação de Deus em nossas vidas.

Creio que esse é o primeiro passo a ser dado: procure tratar a sua alma, curando suas feridas e depois terá total condição de escolher o melhor lugar para você servir a Deus. Se esse lugar for na Igreja Cristã Maranata, lá você estará feliz e sem qualquer problema de consciência – usará saia sem que isso lhe cause qualquer incômodo; fará as madrugadas sem reclamar; participará das reuniões de jovens sem achar chato etc. Mas, se o seu lugar for em outra denominação, sua alma estará em paz e as lembranças do passado não mais lhe trarão dor ou qualquer tipo de sofrimento, saudosismo ou sensação de que algo não ficou bem resolvido. Você baterá palmas, levantará as mãos, pulará etc., sem que isso lhe pareça indecente ou impróprio para um culto a Deus. Desse modo, sua adoração fluirá para Deus do modo que Ele espera que o adoremos – em espírito e em verdade – de uma alma livre, curada e liberta de preconceitos.

Todas as coisas são puras para os puros; todavia, para os impuros e descrentes, nada é puro. Porque tanto a mente como a consciência deles estão corrompidas.” (Tito 1:15 RA)

“A fé que tens, tem-na para ti mesmo perante Deus. Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova.” (Romanos 14:22 RA)

E o mais importante: você não estará preocupada com o modo com que seu irmão está servindo a Deus, ainda que seja diferente do seu. Também não estará preocupada com o que vão pensar de você, pois você está livre, liberta e curada e é isso que importa! Também, não serão as diferenças de formas de culto que a separará de seus irmãos.

Pois bem, é assim que eu me sinto quando vou a um culto de outra denominação. Se todos estão sentados e paradinhos, é assim que eu permaneço. Se todos estão em pé e batendo palmas, é assim que eu faço. Só não pulo porque não tenho mais idade para isso, mas não me incomodo nem um pouco se o irmão ao meu lado der seus pulinhos. No geral, na hora de ouvir a palavra de Deus, todos ficam sentados e prestando atenção e essa é a parte que eu mais aprecio em qualquer reunião evangélica. Acho difícil mesmo é ir a uma reunião onde não se prega a palavra de Deus. O que mais me incomoda, mas não me faz ser mal educado, é participar de uma reunião onde a palavra de Deus tem lugar secundário, como ocorre em alguns lugares onde as apresentações, testemunhos, profecias, adivinhações ou pregação de dons espirituais tomam a maior parte da reunião. Mas, nem isso me faz desprezar meus irmãos como se não fossem crentes em Jesus e dignos de meu respeito. Cada um dá aquilo que tem.

Agora, vou procurar ser específico quanto às suas indagações.

“Como pode um pastor da ICM fundar uma igreja e ser tão diferente da ICM uma vez que outrora "falávamos mal" das outras denominações pelo fato delas baterem palma e etc? (...)“Como funciona isso, ser pastor da ICM por anos e sair por revelação de Deus e conseguir fazer um culto diferente do que vivia? Como o Sr. aprendeu essa coisa de bater palmas e etc. uma vez que não vivia isso na ICM?

Bom, apenas para esclarecer, eu não sou o fundador da CEEN. Sou apenas um colaborador – veja a história da CEEN no site em “nossa história”. Quanto a ser diferente da ICM, creio que isso é a única coisa que justifica eu ainda não estar na ICM. Ora, se eu achasse que aquele é o melhor modelo de igreja (sem demérito aos que acham que é) eu estaria lá. Saí por minha única e exclusiva vontade e consciência.Na minha cabeça não faz o menor sentido que um pastor deixe sua denominação para formar outra igual. Se é para formar outra igual, porque saiu da que estava? Vaidade? Incapacidade de submissão? Disputa de poder? Enfim, por que criar outra ICM, se já existe uma? Se eu quisesse viver o que se vive na ICM eu estaria lá, feliz da vida.

Sim, a visão da CEEN é muito diferente da visão da ICM. Cada uma com seus méritos, mas após muito meditar, tomei a decisão que me pareceu mais coerente com minha percepção da vontade de Deus.

É claro que eu também fiquei incomodado com as palmas no começo. Nenhum membro da ICM se sentirá confortável com isso, já que foi acostumado a um padrão cultual bastante litúrgico, além do fato de ouvir constantes críticas e referências pejorativas a esse tipo de culto realizado por outras denominações.

Comecei, então, a tentar provar para mim mesmo que isso estava errado, para que eu pudesse convencer a igreja de que aquilo não agradava a Deus. Foi aí que eu tive uma surpresa - enquanto eu procurava argumentos bíblicos, históricos ou teológicos para confirmar meus pré-conceitos, eu encontrava muito mais argumentos contrários ao que eu queria defender inicialmente.

“Batei palmas, todos os povos; celebrai a Deus com vozes de júbilo.” (Salmos 47:1 RA)

“Os rios batam palmas, e juntos cantem de júbilo os montes,” (Salmos 98:8 RA)

“Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas.” (Isaías 55:12 RA)

Mas, por que, então, antes eu acreditava que as palmas eram indesejáveis aos olhos de Deus? Porque eu absorvi a liturgia da ICM como sendo bíblica e inquestionável, pois assim eu havia aprendido desde os meus primeiros passos na ICM: “na escola aprendemos o A, B, C, D, mas aqui aprendemos o O, B, D, C” (obedecer). Pronto! Daí em diante, tudo aquilo que for passado como uma revelação de Deus, não há que se questionar. É de Deus e ponto final. Sequer tínhamos a curiosidade de conferir a revelação com a bíblia.

Isso é tão forte, que as pessoas que tentam defender os métodos cultuais da ICM têm apenas um argumento: “Deus revelou”. Ora, como eu já lhe disse, uma pessoa liberta pode cumprir, ou não, essas orientações sem problemas. O homem liberto e curado sabe que o importante é não agredir a consciência dos fracos, embora saiba que não são as palmas, a barba, a calça comprida, a duração do culto ou o ritmo dos louvores que nos recomendarão a Deus. Por isso, se alguém acha que bater palmas é pecado, melhor é não bater palmas. Se uma mulher acha que usar calça comprida é pecado, é melhor usar somente saia. Se alguém acha que louvor a Deus é somente hinos tradicionais, cante e escute somente hinos tradicionais, e assim por diante.

“8  Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos, se não comermos, e nada ganharemos, se comermos. 9  Vede, porém, que esta vossa liberdade não venha, de algum modo, a ser tropeço para os fracos.” (1 Coríntios 8:8-9 RA)

“Outra dúvida, é normal pensar em voltar pra ICM mesmo estando muito bem na minha igreja atual e sendo usada (toco teclado)? Por que não consigo esquecer a ICM, seus louvores (que ainda ouço e gosto), suas pregações, seu estilo de culto no que diz respeito da organização e reverência dentro do templo e etc. e por o não passar sacola e o Maanaim?”

Sim, querida, isso é normal no seu caso: você nasceu e foi criada lá e provavelmente não saiu por livre e espontânea vontade. Não creio que você tenha saído porque estava lendo a bíblia e começou a perceber a quantidade de coisas que você praticava que estavam em desacordo com a palavra de Deus. Imagino que sua saída da ICM deve ter ocorrido para acompanhar sua família, estou certo?

Digo isso, porque tanto há pessoas que saem por questão de consciência, como há pessoas que saem por circunstâncias alheias à sua vontade. E o que tenho notado é que cada caso produz um comportamento diferente nas pessoas que saem da ICM para outras denominações.

 Pessoas que saem porque concluíram que essa era a coisa certa a ser feita (questão de consciência) têm um tipo de reação quando saem: logo se alegram e se adaptam a outra forma de cultuar, servir e adorar a Deus.

De outro modo, pessoas que saem por situações alheias à sua vontade têm um outro comportamento totalmente diferente: estes não se adaptam em outros lugares e ficam presos à ICM, mesmo estando fora dela. Tornam-se críticos dos lugares que passam; são exímios observadores de falhas dos cultos que assistem em outras denominações; deixam de receber a palavra de Deus para observar a criança que se deslocou no salão; prestam atenção em cada palavra do pregador, não para reter o que é bom, mas para encontrar alguma incoerência ou erro de concordância para que possam criticar e comparar com aquilo que recebiam na ICM etc.

Portanto, querida, se você entende que a ICM é o melhor lugar para você servir ao Senhor, sugiro que procure curar sua alma das feridas que ainda estejam doendo em seu íntimo, anulando, assim, a dor das lembranças dos maus momentos que você viveu no passado e volte às suas origens. Com sua alma curada, não haverá nada nem ninguém que impeça seu bem-estar na ICM.

Se você quiser experimentar o processo da cura interior, desde logo eu a convido a participar do nosso próximo seminário de Encontro com Deus, que se realizará nos dias 2, 3 e 4 de outubro deste ano – inscrições pelo site. Após isso, tenho certeza que você estará convicta e cheia de coragem para fazer o que deve ser feito.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.

 

De: MARIA

Enviada em: sábado, 25 de julho de 2009 00:03

Para: pastor-solon

Olá Pr! A paz do Senhor Jesus!!!

Muito obrigada por me responder em meio a tantas outras cartas!!!!! E obrigada pelo convite!! Por favor me perdoe se de alguma forma fui grosseira ou crítica em relação a sua saída da ICM, não tive a intenção!!! Quem sou eu para criticar ou julgar!?!?

Realmente o Sr. acertou quando disse que saí da ICM por motivos alheios e etc!!! Na verdade acertou em todas as suas palavras!! O Sr. é psicólogo? Se não for, parece ser (isso foi um elogio)!!! Estou indo novamente na ICM, mas sem querer voltar a tocar e etc, pelo menos por enquanto. Estou me sentindo muito bem lá mas tenho um desejo enorme de conhecer sua igreja!!! Me perdoe mesmo e muito obrigada!!!

A paz do Senhor Jesus!!!

 

 

De: Solon Lopes [mailto:pastor-solon@uol.com.br]

Enviada em: sábado, 25 de julho de 2009 01:27

Para: MARIA

Querida irmã MARIA, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.

Fiquei muito feliz com sua reação. Na verdade eu estava um pouco preocupado em ter ido além daquilo que você esperava de mim. Em momento algum me senti ofendido por suas palavras. Você foi muito respeitosa e gentil, como uma verdadeira serva do Senhor.

Quanto a frequentar a ICM não vejo problema algum. O importante é que você esteja se sentindo bem. Como você é jovem, ainda tem muitas coisas pela frente e certamente terá muitas experiências em sua vida com o Senhor e com as instituições que se formam em torno do nome de Jesus.

Não, eu não sou psicólogo, mas pastor conhece ovelha e para ajudar um pouquinho tenho uma especialização em Gestão de Pessoas, na área de Administração de Empresas.

Será uma satisfação receber sua visita, embora eu já saiba que sua preferência cultual seja diferente.  É bem provável que no mês de agosto eu esteja aí no Rio de Janeiro novamente, para a consagração de um novo salão para a igreja.

Grande abraço,

Pr. Sólon.