Carta 34

02/07/2013 12:29

De: JOÃO

Para: pastor solon   

Data:23/04/2009 17:44

Olá, pastor Solon,

Eu procurei no seu site a tal carta de desligamento da Maranata, mas não consegui encontrar – eu dei muitas voltas no site sem achar o link certo.

Mas enfim. Eu estou na Maranata. Só que eu sou um grandessíssimo brigão, e discuto com o pastor, os ungidos e todo o resto a cada vez que eles falam algo absurdo – cometem erros históricos, dão exemplos que simplesmente não ocorreram, ou contradizem algum ensinamento que eles mesmos passaram em outras oportunidades. Ou seja: eu nunca vou chegar ao ponto de “explodir” diante dos problemas da ICM, pois não deixo nada para o dia seguinte.

Normalmente, ninguém apresenta argumento algum para me contrapor: o pastor, principalmente, adora dizer que eu “não tenho entendimento”, que eu não estou na revelação, que eu devo orar por entendimento, e essas coisas. Como se eu fosse algum tipo de imbecil, capaz de me contentar com uma resposta dessas – eu aceito argumentos fundamentados, não respostas fáceis e prontas como essa!

Essa história de “orar para que o Senhor me dê mais entendimento”, no início, me convencia. Mas depois notei que a frase poderia ser facilmente traduzida por “fica quieto, ora bastante e uma hora qualquer tu vais te esquecer deste questionamento, ou aceitar que nós temos razão mesmo quando não temos argumentos que façam sentido”. Resumindo: eu não sou otário, não sou nenhum animal bovino, e certamente não tenho disposição para fingir que concordo com coisas que eu vejo que são questionáveis.

Quer um exemplo? Em um dado momento, o pastor diz que a salvação se dá pela fé. Em outro, ele descreve que, quando um irmão ajuda na limpeza da igreja, quando um irmão contribui com alguma coisa, Deus vê a ação do irmão e depois o recompensa. E mais: que servir a Deus não pode ser apenas uma coisa “de palavras”, e sim de ação real, na participação nos esforços da igreja... mas espera aí! Então, a salvação se dá por ações? É ação ou é fé? Então, quem crê em Jesus, mas não ajuda fisicamente em nada, está fora da Salvação? Sabe, esta questão não diz respeito a nada com a minha vida, mas é uma contradição recente que encontrei nos ensinamentos que recebemos, e que ficou simplesmente sem resposta.

Outro dia, questionei o pastor sobre o porquê de eu não “ascender” a nada na igreja, embora eu estivesse indo com as roupas certas, fazendo tudo direitinho. Eu pensei que o pastor fosse me revelar algum detalhe da minha vida que eu não estivesse notando, algo errado. Ele, no entanto, veio me dizer que o meu problema era ser “desconhecido para os irmãos”, que eu deveria “me enturmar mais” – ah tá! Então, me faltou ficar amiguinho deles!

Com as explicações que recebi, percebi que mais importante do que a minha fé, é a capacidade que eu deveria ter de me fazer confiável e amigo diante dos comandantes da igreja. Além, é claro, de ter deixado implícito que eu deveria contribuir com alguma graninha. Naquele momento, decidi que eu não queria mais fazer o jogo da igreja, e se eles tinham alguma posição de destaque para mim, que a dêem a outro sujeito mais cara-de-pau e com menos amor-próprio.

Tem gente que vai à igreja por razões sociais, para encontrar pessoas e fazer parte de um grupo. Tem gente que vai à igreja por razões psicológicas, para se sentir confortável, ser guiado, essas coisas. E aí, essas pessoas acabam aceitando alguns absurdos, para não perder pontos em termos de convivência dentro deste espaço social e confortável da igreja. Eu não tenho nenhuma dessas razões. Eu vou á igreja em busca da verdade, mesmo, de Deus. E se alguma coisa é questionável, ou claramente errada ou incoerente, então nós temos que resolver, encarar o problema e questionar, até que tudo fique bem claro!

Dentro da igreja, eu busco a Verdade, e não o poder. Se eu buscasse o poder, faria o “joguinho do poder” – deixaria passar algumas besteiras toleráveis, algumas faltas de caráter de algumas pessoas, para poder fazer meu jogo, e ganhar admiradores, aliados. Ficaria amigos dos líderes. Não pensem que eu não sei fazer este jogo – eu tenho também minhas atividades políticas, onde faço precisamente este jogo com grande sucesso. Eu simplesmente não acho correto que, para crescer dentro da ICM, eu deva importar as táticas da política para dentro da igreja. Se for para fazer isso, então eu teria que deixar de encarar a obra do Senhor como algo diferenciado das instituições do Mundo – e aí, minhas idas à igreja seriam puro gasto desnecessário de gasolina e tempo. Melhor seria então ir apenas aos atos políticos, onde eu sempre tenho algo a ganhar.

Ou vamos buscar a Verdade, ou melhor fechar a igreja e montar outra coisa. Estou certo ou estou errado?

Bom. Mas aí, os caras dizem que as coisas na igreja acontecem por “revelação” – miraculosamente, tenho um parente que tem apenas o nível Principante, como eu, e acabou sendo colocado para comandar o louvor (aquele antes da leitura da Palavra), e virou até capitão do grupo dele. A diferença entre nós é que ele não questiona nada, vive elogiando ao pastor e ao ungido da nossa igreja, dizendo que a palavra trazida por eles estava “uma bênção” (mesmo quando eles claramente falaram sem a mínima inspiração). Em casa, ele discorda, se irrita com algumas coisas. Mas socialmente, é uma ovelha extremamente mansa. E como o que importa é o social, ele vai subindo e subindo.

Eu não consigo me imaginar vivendo assim. Se a palavra estava fraquinha, ou trouxe contradições, temos que rever isso. Não fingir que foi uma maravilha.

Eu já não pretendo ser grande coisa dentro da Igreja Cristã Maranata. Segundo os irmãos, eu sou um sujeito espiritualmente frágil ainda. Pudera: eu tomo certa distância daquela atitude bovina que a maioria deles tem. Busco apenas a verdade do Senhor, o que me causa muitos incômodos. Mas de resto, o Senhor me vem dando vitória em todas as frentes. Minha vida é um imenso emaranhado de bênçãos que se sucedem uma atrás da outra, e tudo o que eu faço parece fadado a dar certo.

Agora, eu não tenho necessidade de me afirmar como líder de igreja – não me dão o Louvor, diante de 20 ou 30 fiéis, mas isso não me importa, porque semanalmente eu vou ao meu partido dar discurso para umas 50 pessoas. Não me dão responsabilidade sobre grupo algum, mas isso não me importa porque eu naturalmente sirvo de referência para muita gente fora da igreja. Não me vêem como alguém “na revelação”, mas isso não me importa, porque tudo indica que Deus me vê assim, e eu acho até que estou mais dentro da revelação do que a grande maioria deles. Não me dão posições dentro da igreja, mas eu não as almejo, porque prestígio é uma coisa que eu já tenho na minha vida diária como profissional, de modo que posso reservar os momentos na igreja à busca tão-somente das coisas do Senhor.

E o Senhor nos quer humildes, não soberbos – no dia em que eu me sentir capaz de acusar alguém, porque saiu para fazer festa e encher a cara, por exemplo, eu peço que o Senhor me lembre que eu tomei inúmeros porres na adolescência. No dia em que eu me sentir tão “santo” que possa falar mal de um casal que se separa, que Deus me lembre que eu mesmo sou às vezes insuportável, e a minha esposa só não me pede também a separação porque me ama muito.

Porque os irmãos adoram falar dos outros, como aquele sujeito novo-rico que tem nojo do mendigo malvestido, mas esquece que ele, quando começou, também andava envolto em farrapos.

Bom. Eu comecei este e-mail falando sobre a tua carta – que eu ainda não li – e falei das minhas vivências. Mas enfim. Me manda a carta!

 

De: pastor-solon   

Para: JOÃO  

Data: 24/04/2009 11:47

Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.

Com respeito à minha carta de desligamento, você poderá acessá-la por meio do link que está na página inicial do site: www.pastorsolon.com.br – Textos em Destaque – Carta de desligamento da ICM.

Sei que você não me pediu opinião, mas vou arriscar alguns comentários sobre a sua carta. Simplesmente julgue as minhas palavras. Se elas lhe forem desprezíveis, descarte, ok? Mas, que não seja este um motivo para indignação contra mim, pois, continuamos irmãos em Cristo, independentemente das nossas divergências. E, lembre-se, nosso dever é amar uns aos outros.

Quanto a ser brigão, creio que você está perdendo seu valioso tempo. Não vou entrar em muitos detalhes, apenas vou lembrá-lo das palavras do próprio Senhor Jesus:

“16  Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha; porque o remendo tira parte da veste, e fica maior a rotura. 17  Nem se põe vinho novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam.” (Mateus 9:16-17 RA)

Agora, minhas palavras: se você está na ICM de livre vontade, obedeça. Não acho que seja a melhor atitude permanecer onde não estamos felizes, ou onde estamos frustrados por não aceitarmos o modo como as coisas são conduzidas. Só posso compreender essa sua opção se você me disser que, de fato, crê que tudo isso venha de Deus. Se é isso, vou repetir: pare de brigar e obedeça. A outra razão para você aceitar as regras do jogo é se você não tem para onde ir, ou seja, se você não tem opção. Essa é a razão pela qual muitas pessoas estão sofrendo desnecessariamente hoje: elas acham que não têm para onde ir. Essas devem continuar “sofrendo felizes”. Enfim, ser brigão só vai desgastá-lo e frustrá-lo.

Quanto ao exemplo que você citou, vou arriscar dar-lhe a resposta. Trocando em miúdos, a sua dúvida é: afinal, a salvação se dá pela fé ou pelas obras (cumprimento das orientações)?

Perdoe-me a simplicidade da resposta: a salvação, que se dá pelo arrependimento de pecados e pela expiação do sangue de Jesus vem pela fé é de graça. Quanto a isso, creio que não há um crente que ouse discordar. Mas, as nossas boas obras agradam a Deus, que nos recompensa, de algum modo, ainda aqui nesta terra e nos proporciona galardão no futuro. Para não me estender muito, vou procurar sem bem sintético nas colocações adiante:

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2:8 RA)

“5  Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça. 6  E, se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça.” (Romanos 11:5-6 RA)

Sim, a salvação é pela graça, mediante a fé, mas como explicaremos, então, o texto a seguir?

“14 Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? (Tiago 2:14 RA)

Ora, uma vez que admitimos que a fé é essencial para que creiamos no projeto de salvação que Deus preparou para o homem, podemos afirmar que a fé é “meio” de salvação. Entretanto, a mesma fé que nos é necessária para crermos no projeto de salvação que é posto pela bíblia, também, nos é imprescindível para aceitarmos a nossa missão aqui na terra. Fomos chamados para trabalhar para Deus (servos), em favor da salvação dos outros (altruístas). E isso implica esforço da nossa parte para realizarmos algumas tarefas aqui na terra.

“15  E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. 16  Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado.” (Marcos 16:15-16 RA)

 

Veja bem, a mesma bíblia que nos ensina que Jesus morreu em nosso lugar (isso foi Jesus quem fez por nós) também nos ordena a amarmos aos outros (isso somos nós que temos que fazer). Por isso, cremos que somos salvos sem ter que oferecer o nosso próprio corpo em expiação pelos nossos pecados, pois Jesus fez isso por nós (basta crer – é de graça e pela graça de Deus – Rm 11:6), mas cremos, também, que não podemos ser omissos na tarefa que nos foi ordenada (ide e pregai). Se eu creio na primeira parte e não creio na segunda, na verdade, eu não creio que a bíblia é a palavra de Deus e torno minha fé oportunista (egoísta somente) e inoperante, tal qual o corpo sem vida.

Mas, qual a obra que tenho que fazer?

Primeiro: amar (atitude), senão vejamos:

15  Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, 16  e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? 17  Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. 18  Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé.” (Tiago 2:15-18 RA)

“seja recomendada pelo testemunho de boas obras, tenha criado filhos, exercitado hospitalidade, lavado os pés aos santos, socorrido a atribulados, se viveu na prática zelosa de toda boa obra.” (1 Timóteo 5:10 RA)

“que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir;” (1 Timóteo 6:18 RA)

“Fiel é esta palavra, e quero que, no tocante a estas coisas, faças afirmação, confiadamente, para que os que têm crido em Deus sejam solícitos na prática de boas obras. Estas coisas são excelentes e proveitosas aos homens.” (Tito 3:8 RA)

“Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras.” (Hebreus 10:24 RA)

Segundo: agir segundo a nossa fé. Vejamos os exemplos que o próprio Tiago nos deu:

“20  Queres, pois, ficar certo, ó homem insensato, de que a fé sem as obras é inoperante? 21  Não foi por obras que Abraão, o nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o próprio filho, Isaque? 22  Vês como a fé operava juntamente com as suas obras; com efeito, foi pelas obras que a fé se consumou, 23  e se cumpriu a Escritura, a qual diz: Ora, Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça; e: Foi chamado amigo de Deus. 24  Verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente. 25  De igual modo, não foi também justificada por obras a meretriz Raabe, quando acolheu os emissários e os fez partir por outro caminho? 26  Porque, assim como o corpo sem espírito é morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tiago 2:20-26 RA)

Você notou a que obras Tiago se referiu? Abraão ouviu a Deus, creu e agiu no sentido de obedecê-lo. Raabe, creu no Deus dos espias e agiu no sentido de protegê-los. Em ambos os casos, houve uma ação em razão da fé.

Ora, para finalizar: quando amamos a Deus e ao próximo, com atitudes, agradamos a Deus e isso gera para nós benefícios aqui mesmo nesta vida e no porvir.

 “Agrada-te do SENHOR, e ele satisfará os desejos do teu coração.” (Salmos 37:4 RA)

“Servireis ao SENHOR, vosso Deus, e ele abençoará o vosso pão e a vossa água; e tirará do vosso meio as enfermidades.” (Êxodo 23:25 RA)

Mas, lembre-se: não são as obras da lei que nos salvam:

“sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado.” (Gálatas 2:16 RA)

Portanto, se o que você faz na igreja, faz somente para atender aos apelos da instituição, seu trabalho é inútil, mas se você faz porque entende que seu trabalho irá contribuir para a salvação de outras pessoas, encontrará o favor de Deus, que pode abençoá-lo aqui nesta terra e no porvir, com galardão.

“Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte, não tereis galardão junto de vosso Pai celeste.” (Mateus 6:1 RA)

 

“E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.” (Mateus 10:42 RA)

 

“Amai, porém, os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem esperar nenhuma paga; será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo. Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus.” (Lucas 6:35 RA)

 

“Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho.” (1 Coríntios 3:8 RA)

 

“17 Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada. 18  Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho, para não me valer do direito que ele me dá.” (1 Coríntios 9:17-18 RA)

 

“Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão.” (2 João 1:8 RA)

 

“Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.” (Apocalipse 11:18 RA)

 

“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras.” (Apocalipse 22:12 RA)

Quanto à sua ascensão na ICM, você está certo. Dificilmente você vai a algum lugar sendo um questionador e não “dançando conforme a música”. A escolha é sua. De nada adiantará você ficar reclamando das conseqüências de suas atitudes voluntárias.

No que diz respeito à sua ida à igreja em busca da verdade, sugiro que você a busque na palavra de Deus. Não estou dizendo que você não deve ir à igreja, mas estou dizendo que a verdade está na palavra de Deus. O que vai além disso, seja anátema. Sugiro que você procure conhecer um pouco mais sobre qual deve ser a sua verdadeira motivação para estar congregado na igreja: comunhão com os irmãos? Adoração a Deus? Comunhão com Deus? Experimentar o poder de Deus? Prestar serviço santo? Aumentar a estatística dos freqüentadores? Ouvir revelações e profecias? Ouvir a palavra pura e simples? Relacionamentos sociais? Ser reconhecido pelos outros? Exercer influência? Etc.

Dependendo da sua motivação, concordo com você: tanto faz ir à igreja ou a um evento social ou político.

Por fim, concordo com você. Deus nos quer humildes. Mas como aprenderemos a ser humildes se vivemos em um ambiente soberbo? Não vou entrar nessa questão aqui, pois já relatei a minha experiência no meu testemunho. Posso dizer que hoje eu sei o quanto eu era soberbo, pois aprendi a viver assim onde eu estava. Minhas atitudes soberbas eram aprovadas pelo meu grupo. Quanto mais minha soberba agradava meu grupo, mais eu era estimulado a continuar fazendo a mesma coisa. Como eu poderia ser diferente? Quando eu vejo pessoas fazendo referências a mim como um caído ou mesmo proferindo juízos como se fossem “o próprio Deus”, posso amar e compreender essas pessoas, pois me lembro que no passado eu também fazia o mesmo em relação aos outros.

Bom, não sei exatamente como você receberá minhas palavras, mas peço que você seja compreensivo e que não deixe de me amar como seu irmão em Cristo, pois só estou manifestando minha opinião como um irmão, uma vez que você já tem pastor e dele deve receber a instrução adequada para sua vida.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.