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Carta 187

02/07/2013 16:24

DATA DA PUBLICAÇÃO: 21/11/2011

De: JOÃO

Para: Pastor Solon

Data: 19 de novembro de 2011 15:37

Assunto: Sou da Maranata e compartilho o mesmo sentimento!

Pr. Sólon, a Paz do Senhor Jesus!

Li o texto que o senhor escreveu sobre sua experiência como ex-pastor da Maranata.

Tenho sentimentos similares aos que o senhor tinha quando estava na Maranata, digo tenho, pois ainda estou na Maranata. Sou da ICM desde os meus 11 anos. Isso já faz 23 anos.

Sou um simples obreiro e instrumentista, e tenho uma angústia no coração já faz uns 12 anos, principalmente nos últimos 7 anos, quando soube da alguns erros graves cometidos por pastores da Maranata (adultério – com mulheres e homens), roubo, etc. Inclusive alguns desses pastores ainda estão na ativa, pregando e ensinando.

Minha angústia começou em (...), quando iniciei o curso de Bacharel em Teologia, onde, durante anos (ainda hoje) sou criticado. Mas eu não me importo. Eu até ministro aulas de Grego, Hebraico Bíblico e História Bíblica em faculdades de Teologia.

Abrindo meu coração para o senhor, eu só não saí ainda porque não quero ter uma crise conjugal, pois minha esposa ainda é muito enraizada na Maranata. Tem medo de sair e ser amaldiçoada pelos membros, como o senhor foi. Ela ainda não abriu plenamente os olhos para tudo que a Maranata tem ensinado e feito de errado ao longo desses muitos anos. Mas, graças a Deus, essa situação tem se revertido, por conta dos últimos acontecimentos, que relatarei ao senhor mais abaixo.

Depois desses últimos acontecimentos estou decidido a sair da Maranata, e creio que minha esposa virá comigo.

No seu texto o senhor fala que está na Comunidade Evangélica Entre as Nações.

Gostaria de conhecê-la. Aqui em Vila Velha há uma CEEN?

Se possível, de ante-mão, o senhor poderia relatar em e-mail futuro a doutrina da CEEN, forma de culto, etc?

Não sei se o senhor soube dos últimos acontecimentos vindo diretamente da sede do PES, que, em breve, tudo virá a público.

Segue abaixo tudo relatado. O senhor deve conhecer muitos dos citados abaixo.

Despeço-me, desde já agradecendo e que o nosso Senhor Deus continue te abençoando!

Graça e Paz!

Ass.: JOÃO

De: Pr. Sólon

Para: JOÃO

Data: 21 de novembro de 2011 12:48

Assunto: Re: Sou da Maranata e compartilho o mesmo sentimento!

Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja com toda a sua família.

Amado, você deve se orgulhar de ser um simples obreiro. Não precisamos de títulos para ser o que Deus quiser que sejamos. Noto por suas palavras, e por seu modo de escrever, que você é um homem esclarecido e estudioso da Bíblia. Creio que essas características são importantes para que você encontre o que está buscando.

Em Vitória temos um trabalho que iniciamos há pouco tempo, mas que já agrega algumas famílias e muitos jovens.

Atualmente, o Pr. Ademir, Presidente da CEEN, é o pastor titular da igreja da Ceilândia/DF (Sede da CEEN) e a Congregação de Vitória está vinculada a essa igreja. Logo, o Pr. Ademir é o pastor da congregação de Vitória.

Momentaneamente, porém, o Pr. Roberto, do Rio de Janeiro, tem assistido a Congregação de Vitória, devido à facilidade de deslocamento. Mas, até o final deste ano o próprio Pr. Ademir estará assumindo a condução dessa nova Congregação. Eu apenas auxilio o Pr. Ademir e tenho me empenhado na preparação dos nossos seminários nacionais.

Quanto aos valores da CEEN, nossos princípios, nosso Estatuto (https://www.celeiros.com.br/institucional.htm), nosso funcionamento na prática etc. você pode acessar todo este material, e muito mais, no site Celeiros (https://www.celeiros.com.br/igreja.htm), que eu atualmente administro. A CEEN também tem um site oficial www.entrenacoes.com.br, coordenado pelo Pr. Carlão, onde você encontrará outras informações sobre o nosso trabalho.

Sobre os últimos acontecimentos da ICM (denúncias de corrupção na cúpula da Igreja), sim, eu tenho recebido muitos e-mails com relatos de coisas que prefiro não comentar. Eu não fico feliz em ver o que está acontecendo e minhas questões com a ICM não estão ligadas à área administrativa/financeira, mas à sua doutrina e ao tratamento dispensado aos seus membros e aos seus colaboradores. Os artigos que já escrevi deixam isso bem claro e servem apenas para a reflexão das pessoas, mas cada um sabe de si.

Já disse na carta 185 (https://bit.ly/uPhZwI) que em quase 20 anos na ICM nunca tive notícias de desonestidade dos pastores de lá. Eu tenho dificuldade de crer no que está acontecendo, especialmente porque as denúncias são anônimas e, assim, não sabemos quem está por trás disso. Sei que a ICM hoje possui muitos desafetos, pessoas que saíram de lá revoltadas, e que, covardemente (anonimamente), podem estar desejando prejudicá-la. Por isso, não podemos dar crédito a quem nem conhecemos. Eu não estou defendendo o erro e nem a desonestidade, mas tenho temor a Deus e não quero ser injusto, julgando o que não conheço e nem tenho elementos para fazê-lo.

Também, amado, não quero ser oportunista, até porque se alguém deixar a ICM por causa de descontentamento relativo a questões administrativas, é porque não entendeu nada do que eu tenho defendido desde que saí de lá. A essas pessoas eu sugeriria que se agregassem a uma das igrejas formadas por ex-membros da ICM e que seguem a mesma doutrina dela. Não é o nosso caso.

Talvez você não tenha lido as cartas que venho respondendo ao longo desses últimos anos, mas, se fizer isso, perceberá que eu não incentivo ninguém a deixar a ICM ou qualquer outra igreja.

Vou enviar cópia de sua mensagem ao Diácono Saulo, da Congregação de Vitória. Se você desejar, poderá fazer contato com ele para outras informações.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pr. Sólon.

De: JOÃO

Para: Pastor Solon

Data: 21 de novembro de 2011 13:48

Assunto: Sou da Maranata e compartilho o mesmo sentimento!

Obrigado, Pr. Sólon!

Realmente devemos desconfiar de denúncias anônimas e não podemos julgar sem provas.

Mas de uma coisa tenho certeza; alguns irmãos que trabalham na sede no Presbitério confirmaram que todos os pastores citados nesses e-mails perderam o ministério pastoral semana passada e estão proibidos de entrar no Presbitério. Se foi por esses motivos não sei, mas talvez em breve saberemos, pois, pelo que eu soube, o caso já caiu nas mãos da imprensa.

Abraço!

JOÃO