Carta 142

02/07/2013 15:43

De: JOÃO

Para:celeiros

Assunto:Caverna de Platão

Data:18/04/2011 12:48

Olá! Espero que todos estejam bem.

Dirijo-me, em especial, ao Pr. Sólon, precisamente no que diz respeito a sua matéria em que ele esclarece os motivos pelos quais ele deixou de ser líder da ICM. Achei interessante e me associo a ele em suas razões. Considero ainda que a ICM é um lugar onde Deus tem operado, apesar das impropriedades ‘teológicas’ anunciadas segundo critério humano.

Todavia, peço-lhes que corrijam o parágrafo da página 21 do referido texto, onde cita a caverna de Adulão, como sendo a caverna de Platão. Rs.

Certamente um erro material que não retira do texto sua verdade.

Forte abraço e a Paz que excede a todo entendimento para todos nós.

 

De:site celeiros

Para: JOÃO

Assunto: Re: Caverna de Platão

Data: 23/04/2011 05:11

 

Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja com você.

Posso notar que você é um homem de boa formação. Por isso, fiquei em dúvida se a sua proposta era apenas uma sugestão para a aplicação de uma outra figura ilustrativa (de Adulão), que também se aplica, ou se, de fato, você não conhece a alegoria da caverna de Platão. Prefiro acreditar na primeira hipótese.

Na verdade, quando eu fiz a referência à alegoria da caverna de Platão, eu já sabia que uma parte dos leitores não compreenderiam o significado, por isso fiz questão de advertir que aquela referência era para poucos – eu disse: “quem conhece sabe a que estou me referindo”. Note, também, que essa referência foi colocada imediatamente após eu dizer que “não tenho qualquer interesse em atingir membros que se sentem felizes servindo a Deus na ICM”.

Em todo caso, amado, sua provocação foi importante. Meu testemunho foi publicado em 2008, três anos depois da minha saída da ICM. Naquele ano, “voltei à caverna” para falar que havia luz do lado de fora e que aquilo que parecia real era apenas sombra de uma luz que atuava em um ambiente de liberdade. É claro que eu tinha dificuldades para definir a realidade a quem tinha certeza de que as sombras eram reais.

A maioria dos ouvintes, obviamente, achou aquilo um absurdo e, por isso, recebi muitas “pedradas” e voltei ao meu lugar, do lado de fora. Mas, não pude deixar de notar que lá dentro da caverna havia muitas pessoas que já estavam semi-mortas. Estes, até ouviam as vozes do lado de fora e tinham a impressão de que estavam sendo chamados. Mas, ao ouvir as vozes do interior da caverna os ameaçando e apontando para aquele que saiu como se ele tivesse ficado louco, acabavam permanecendo como estavam.

Pobres coitados: essa é uma das piores situações em que um homem pode estar: a da incerteza. Tive a oportunidade de conversar com muitos deles, mas, como eu disse, o pavor imobiliza o homem e poucos conseguem sair desse limbo.

Hoje, fico feliz ao encontrar aqui do lado de fora com alguns daqueles que vi lá dentro da caverna no dia em que retornei. Seria eu o responsável pela saída deles? Creio que não. Cada um sabe de si mesmo.

Em todo caso, percebo que minha saída encorajou aqueles que já pensavam em fazer o que eu fiz, antes mesmo de mim. Sei que muitos deixaram de ouvir as vozes do lado de dentro que os ameaçavam com maldições e loucura. Acho que, com o passar do tempo, eles entenderam que aquelas vozes só agiriam em suas vidas se eles dessem ouvidos a elas. Foi assim que muitos saíram depois de mim.

Amado, sua contribuição foi importante e me encorajou a dizer um pouco mais sobre algo que estava incompleto. Por isso, acabei de publicar na seção de artigos do site celeiros (www.celeiros.com.br) os esclarecimentos sobre o significado da alegoria da caverna de Platão.

Sobre a caverna de Adulão, posso escrever em outra oportunidade.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.