Carta 11

02/07/2013 12:13

De: JOÃO  

Para:pastor-solon

Data:23/01/2009 19:17

(...) Em 1996, fui convidado por minha tia para ir à Igreja Cristã Maranata. Minha tia é como uma irmã para mim, pois fomos criados juntos. Então, eu aceitei o convite e conheci muitas pessoas. Naquele tempo, de modo normal me converti, batizei-me e conheci uma irmã na igreja chamada MARIA. Ela era amiga da minhas irmãs. Ficamos amigos pois todos os dias íamos juntos embora de ônibus.

Um dia chamei-a para namorar. Ela ficou preocupada, pois eu era muito novo, tinha a idade de 17 p/ 18 anos, enquanto ela tinha 26 anos. Todos eram contra nosso namoro.

Um dia a MARIA foi à casa de uma da minhas irmãs para ajudar numa festa de aniversário da minha sobrinha. Como a MARIA tinha problema de rins, ela bebia muita água e sua barriga inchava muito. Minha irmã brincou com ela: “nossa, MARIA! sua barriga esta grande, você esta grávida? MARIA, também na brincadeira, respondeu: “Estou. São gêmeos!

Minha irmã levou isso a sério e mesmo que a MARIA depois dissesse que era apenas uma brincadeira, minha irmã, ao chegar na igreja, relatou o fato ao ungido e ao diácono. Eles nos chamaram para conversar. MARIA não quis, mas eu fui. Quando cheguei no anexo da igreja para a conversa, eram 3 pessoas a falar comigo e me disseram: o Senhor mostrou que MARIA está grávida e vocês precisam casar urgentemente, para não denegrir a imagem da obra. Como eu amava a tal obra, fiz tudo sem pensar em amor. Falei com MARIA e eles nos obrigaram a casar. Casamos sem amar um ao outro, só para não manchar o nome da tal obra. Depois que casamos foi anunciado na igreja que nós dois não fazíamos mais parte da igreja Maranata, pois nós tínhamos caído. A orientação era para que os irmãos não mais olhassem para nós nem nos visitasse.

Eu e MARIA, sem apoio de ninguém, sofremos mais de dois anos naquela época. Passamos por várias igrejas e nada estava bom. Umas só queriam dinheiro, outras só prostituição dentro da igreja e outras, só negócios. Ninguém queria nada a sério com DEUS. Chorei muito. Foi nessas condições que eu vim para Portugal, depois de dois anos de casado. MARIA veio nove meses depois. Aqui, trabalhamos e resolvemos voltar para a Igreja, pois queríamos estar em comunhão.

Mas, agora tomei uma decisão. Depois que vi sua carta tomei coragem de colocar um ponto final. Isso não é nem a metade do que quero contar pessoalmente... Outra coisa interessante que lembrei: quando me chamaram para me lançar fora, na rua, disseram para mim que o senhor mostrou para eu não ir a outra Maranata, mas que eu podia ir para outra igreja. Já viu isso! Que DEUS é este que diz não na Maranata, mas sim em outra igreja? Desconheço. Querido Sólon, eu tinha medo de tudo, pois eles faziam ameaças e diziam que o senhor cobrava tudo. Mas, enfim, quando estiver aí, pessoalmente, contarei mais sobre a tortura psicológica que passamos!!!

Querido Sólon, entenda, não tenho perfeição na escrita. (...), sou o que sou. Mas uma coisa tenho de sobra:  amor pelas coisas de DEUS!

 

RESPOSTA

De:pastor-solon

Data:24/01/2009 01:38 

Amado irmão Adriano, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.

Compreendi tudo o que você escreveu. Confesso que fiquei um pouco perplexo com sua história, mas sei que Deus nunca o abandonou e jamais o fará, "Porque, se meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me acolherá." (Salmos 27:10 RA). Louvado seja o nome do Senhor!

Se você permitir, gostaria de fazer alguns ajustes de formatação do texto e publicá-lo no site, na seção "cartas", pois sua história nos mostra que é possível permanecer "de pé" mesmo quando somos afligidos ou passamos por momentos difíceis em nossas vidas. A preservação de sua fé em Deus é uma prova de que Deus o amparou, não é mesmo? E se você chegou até aqui foi porque Deus o conduziu. Não tenho dúvidas quanto a isso.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.