Carta 091

02/07/2013 14:41

De: Joao

Para: Pastor Sólon

Data: 17 de fevereiro de 2010 03:00

Assunto: maçonaria

Nobre pastor, cumprimento-o com a Paz do Senhor Jesus, nosso Salvador.

 Sou membro da Igreja Cristã Maranata. Certa vez, você me enviou por correio as apostilas que você tinha a respeito do maanaim, pois como eu era principiante na época, eu não conseguia ter acesso a todos os períodos. Agradeço o que fez por mim, porquanto a leitura das apostilas me ajudaram no meu crescimento espiritual, embora eu não concorde com algumas anotações que você fez nas apostilas. Não pretendo desprender-me dos quadros da ICM.

Estou enviando-lhe este e-mail, porque li uma carta sua sobre a Maçonaria da ICM. Muitos diáconos e pastores (de várias denominações) não falam com seus membros sobre a Maçonaria, porque simplesmente desconhecem a doutrina da ordem maçônica e nem sempre os livros escritos por ex-maçons são esclarecedores e retratam 100% a verdade. Na ICM, não existem maçons, mas ex-maçons.

 Eu escrevi um pequeno artigo sobre maçonaria. Mas não o publique em lugar nenhum, fazendo um favor (em anexo).

 Sobre o estudo que você fez sobre liberdade de expressão no seu site, eu discordo de alguns pontos. Nem sempre chamar alguém de "caído" pode configurar crime de injúria. Aliás, a liberdade religiosa e a livre manifestação do pensamento, garantias constitucionais, permitem no debate religioso fazer críticas a outras religiões, mesmo que isso consista em dizer que a outra religião é demoníaca ou que seus membros são caídos.

Já tive experiência nessa área jurídica. Certa vez, tentaram impedir a distribuição de um livro escrito por um ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus e seu autor falou muito mais do que chamar alguém de "caído" e a justiça entendeu que a censura violava a Constituição Federal. Muitas vezes, a palavra "caído" é falada com "animus narrandi", porque se quer mostrar que uma pessoa que não pertence a determinado segmento caiu (saiu) daquela "religião", isto é, saiu daquele lugar. Acho que você exagerou um pouco nos seus argumentos e até entendo por que você usou o exemplo da palavra "caído" para desenvolver seu trabalho jurídico, mas dificilmente um juiz condenaria alguém pelo fato de ter-se referido em púlpito a uma outra pessoa com a palavra "caído", mesmo que a fala provoque risos na platéia. Isso faz parte do debate religioso...

 

 

De: Pastor Sólon

Para: João

Data: 18 de fevereiro de 2010 01:07

Assunto: maçonaria

Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja contigo.

 Vou fazer apenas breves comentários sobre sua mensagem:

 a) fico feliz por você estar convicto de estar no lugar certo. Desejo a você felicidades.Quanto às anotações na apostila, não esperava que você concordasse com nada, afinal você é um maranata e desejo que você continue sendo.

 b) eu não disse que há maçons na ICM. Releia a carta com mais atenção e você não terá mais essa dúvida. Agradeço o envio do artigo sobre a maçonaria. Ao contrário do que você imaginou, tenho conhecimento sobre o assunto. A nossa escola bíblica tem dois semestres reservados exclusivamente ao estudo seitas e heresias.

 c) sobre injúria, é importante dizer que eu não sou juiz, mas advogado - apenas fundamento o meu pleito na lei e luto até a última instância pelo que acredito. Cada um defende o que acredita ser seu direito. Se alguém entende que sua honra subjetiva foi atingida por ato doloso, tem o direito de levar sua causa ao judiciário. Caberá ao juiz decidir a luz da lei e segundo sua convicção. O Rio Grande do Sul é um bom exemplo do que pode sair da cabeça de um juiz. Também, é importante dizer que não me referi a um debate religioso, referi-me a um fato específico, onde apenas uma pessoa falou a uma platéia de mais de mil pessoas - não houve direito de resposta. Eu estava presente e sei do que estou falando. Não vou entrar em detalhes, pois isso não nos edificará. Pensei, contudo, que isso não se repetiria.... ledo engano. No mês passado, mais um pastor (coordenador de uma área), deixou a ICM por razões semelhantes. Ele fez contato comigo e relatou o ocorrido.

 d) conheço o livro a que você se referiu - "Nos bastidores do reino", certo? Eu o tenho na integralidade. Posso lhe assegurar que estamos falando de coisas diferentes. Se há julgados a esse respeito, são precedentes jurisprudenciais e não jurisprudência, uma vez que os tribunais ainda estão engatinhando no assunto de cunho religioso. Consulte o site do TJES e você verá que a própria ICM já está contribuindo para a formação de julgados sobre o assunto. Como advogado, você sabe do que eu estou falando.

 e) tudo o que sei, aprendi com alguém. Não sou jurista. Pergunto quando não sei e consulto quando tenho dúvidas. Minhas fontes de consulta na confecção do artigo sobre a liberdade de expressão, no que diz respeito à seção de "crimes contra a honra", foram: Damásio de Jesus, Mirabete, Luiz Regis Prado, Smaniotto (Desembargador do TJDF) e Moura Teles (os dois últimos foram meus professores).

 Amado, pelo visto, você anda consultando as cartas do site. Creio que este não é o melhor material para sua edificação. As cartas são conversas informais e sem a preocupação com o rigor teológico, indicação de fontes etc. Há muitos outros sites melhores que o meu (profissionais) e que podem atender melhor suas expectativas. Meu site é amador e não tem a pretensão de satisfazer as exigências de um bom maranata.

 Espero que você encontre o que está procurando.

 O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.

 

De: João

Para: pastor Sólon

Data19 de fevereiro de 2010 04:18

Para ficar democrático, você teria que publicar minha réplica, tirando apenas o teor do artigo jurídico em anexo. Abraços.

Conspícuo Pastor, cumprimento-o com a Paz do Senhor Jesus.

 Quero-lhe fazer um elogio. Admiro seu português esculpido nas cartas colocadas no seu site e cotejando-as com o teor e narrativa deste e-mail que você respondeu a mim, parece-me que você aperfeiçoou seus conhecimentos gramaticais, fazendo melhores colocações dos pronomes e dominando melhor o uso de vírgulas. Só não sei se esse aperfeiçoamento foi voluntário ou involuntário ou ocasional...rs.

 Por favor, não me veja como arrogante, altivo, presunçoso ou jactancioso e nem pretendo ser melhor do que ninguém, mesmo porque, no campo espiritual, sou o menor dos membros e sequer ocupo qualquer função dentro da Igreja Cristã Maranata, limitando-me a assistir ao cultos, não obstante frequente lá há cerca de um ano e dois meses (talvez em outra denominação, poderia estar sendo usado pelo SENHOR).

 Perdoe-me, mas creio que você me interpretou mal ou eu não soube expressar-me de forma patente e compreensível. Em momento algum, eu quis dizer que você afirmou no seu site que há maçons nos quadros da Igreja Cristã Maranata. Na verdade, fui eu que afirmei que não existem maçons atuantes em nosso meio (ICM). Também não quis subestimar seu conhecimento acerca da doutrina maçônica, mas creio que suas informações concernentes à Maçonaria são aquelas extraídas da internet e de livros escritos por ex-maçons estadunidenses (EUA), porquanto nunca encontrei livros escritos por ex-maçons brasileiros. Posso estar equivocado, mas me parece que você não é e nunca foi maçom (seja de uma maçonaria regular ou irregular), razão pela qual não lobrigo grande possibilidade de você dominar o assunto maçônico com cabal pronfudidade e de maneira percuciente sem nunca ter sido um pedreiro-livre, apesar de existirem aí em Brasília-DF muitos maçons, inclusive de lojas espúrias e irregulares.

 Você disse que eu sou um maranata. Não discordo de você quanto à classificação da denominação à qual pertenço, mas prefiro que você diga que sou um servo do Deus Onipotente, Deus Absoluto, Pai da Eternidade, Pai Celeste, Pai das Luzes, Deus Altíssimo, Senhor dos Exércitos, Criador dos céus e da terra e de tudo que neles há. E se você, realmente, for um servo de Javé, eu irei reconhecê-lo como tal, ainda que você pertença a outra denominação e esteja a dezenas de quilômetros de distância de mim, porque Jesus voltará para buscar sua Igreja Fiel e o noivo não deu nenhum nome terreno ou nome de homens à sua noiva.

 Serei lhano e sincero com você. Em minha opinião, acho que você poderia manter seu site na internet sem quaisquer empecilhos ou críticas, desde que você não empregasse tanto e não mencionasse tanto o nome da Igreja Cristã Maranata, porque se pode passar a impressão de que o foco do seu site não é pregar o evangelho às pessoas e sim atuar como um psicólogo para ex-membros da ICM os quais, descontentes com aquela igreja por motivos diversos, desligaram-se e agora buscam refúgio ou justificativas plausíveis para convencer os outros de que a saída ou desligamento promanou e originou-se em razão de alguma falha ou arbitrariedade da cúpula hierárquia (ou dos membros) da Igreja Cristã Maranata. Ao dar-se tanta ênfase à igreja da qual faço parte (refiro-me à denominação) em seu site, pode-se passar também a impressão de que você guarda algum sentimento de ódio ou de cólera ou de mágoa, embora você tente afirmar o contrário. E sabemos que um servo de Deus não pode guardar ódio ou sentimentos análogos. Sim, eu sei que você está dizendo agora que não nutre ódio por ninguém da Igreja Cristã Maranata, mas ressalto que você pode passar essa impressão com a existência dessa página de internet na forma como ela se encontra. Outrossim, o seu site, que carrega seu nome (www.pastorsolon.com.br) pode também passar a impressão de que almeja alguma promoção espiritual ou mesmo pessoal no meio virtual, posto que o nome da site poderia ser outro, sem guardar semelhança com o seu próprio nome ou com seu título de pastor. Indubitavelmente, você não é obrigado a concordar com minhas exposições, pois vivemos num país democrático, onde a livre manifestação do pensamento é uma garantia constitucional e, de qualquer forma, eu sou uma pessoa aberta ao diálogo. Sei que, possivelmente, você não busca promoção pessoal ou espiritual, mas a bíblia nos ensina a fugir da aparência do mal. Bem que você poderia gizar muito mais no seu site a volta de Jesus e anunciá-la àqueles que ainda não tiveram experiência com o Filho de Deus.

 Com relação ao seu artigo jurídico, não estou aqui como professor de direito. Somente não achei muito apropriados os exemplos que você deu a respeito de crimes contra a honra, porque creio que, dificilmente, um juiz condenaria alguém pelo fato de chamar outro de "caído", pois, normalmente, empregamos essa palavra dentro de um contexto bíblico e agimos com "animus narrandi". Mas não se descarta, totalmente, a possibilidade de ocorrer a caracterização do delito de injúria através do uso dessa palavra (caído), visto que de um caso para outro, podem mudar as circunstâncias e, destarte, podem surgir peculiaridades que, realmente, atinjam a honra subjetiva do circunstante. Contudo, ressalto: parece-me de difícil configuração. Se, porventura, você se sentir ofendido pelo fato de alguém o chamar de "caído, você poderá buscar o Poder Judiciário para ter uma justa reparação do dano moral; porém, ter êxito será outra história. Outrossim, irei compartilhar o tema com colegas da área jurídica, a fim de colher opiniões diferentes sobre o emprego dessa palavra "caído" como ofensa à honra subjetiva.

 De qualquer forma, peço a devida vênia para fazer uma observação sobre buscar a justiça dos homens para solucionar conflitos que decorrem, direta ou indiretamente, do exercício de nossa fé. Veja o que escrevi para uma pessoa:

 "(...) Rogo ainda a devida permissão para fazer outras considerações. Você ainda relatou que "por muito toleramos as agressões nos valendo de orações e paciência. Chegou a hora em que tivemos de agir e agimos, e agiremos sempre que for necessário, desagrade a quem desagradar". Mas Deus não é amor? Veja estas palavras proferidas pelo "Agnus Dei" (Jesus): "Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mateus 5:44). Os irmãos (.............)  oraram para o Deus Onipotente dar livramento das agressões repugnantes através das quais esse vizinho de (..................)-XX  tentava, de todas as formas desleais e reprováveis, acometer a honra objetiva da Igreja (..............)  e a dos seus membros? Se oraram, fizeram-no com fé? Porque "a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se vêem" (Hebreus 11:1). O nosso refúgio é Deus, porque Ele é que nos guarda e nos livra de todo o mal. Como bem dito pelo rei Davi: "Sim, Jeová, tu nos guardarás; desta geração nos livrarás para sempre" (Salmos 13:7). Também está dito nas Escrituras Sagradas: "Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. (...) Ele põe termo à guerra até os confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo" (Salmos 46: 1 e 9). Não são os homens nem os juízes nosso refúgio!

Partindo-se do pressuposto de que se devem ajuizar ações indenizatórias contra aqueles que nos perseguem, imagine se o apóstolo Paulo tivesse processado civilmente todas as pessoas que lhe fizeram mal e encetaram perseguições contra ele, creio que Paulo teria perdido metade do tempo de sua vida de convertido para comparecer às audiências em detrimento da pregação do evangelho. Veja os martírios e situações hostis contra Paulo em II Coríntios, capítulo 11:23

"São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes.

24 Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. 25 Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; 26 Em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; 27 Em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez

O que quero ressaltar apenas é que nosso Deus pode todas as coisas".

 Aproveitando o ensejo e mudando para o assunto jurídico, encaminho-lhe um artigo que elaborei e publiquei.

 Abraços e iremos mantendo contato.

 

De: Pastor Sólon

Para: João

Data: 19 de fevereiro de 2010 19:33

Prezado irmão JOÃO, que a paz do Senhor Jesus seja com todos os seus.

A resposta será sintética, não porque eu não me importe com você e com suas preocupações, mas porque o meu tempo está muito curto nestas vésperas de seminários que estarei coordenando fora de Brasília.

a)    Sobre os ajustes de redação

São voluntários e mínimos. Não corrijo todo o português das cartas, mesmo quando “me saltam aos olhos”. Ajusto somente aquilo que pode prejudicar o entendimento dos leitores. Não me lembro se fiz algum ajuste na sua carta, pois no mesmo dia respondi outras vinte. Perdoe-me por isso. Talvez seja esse um péssimo hábito de um filho de professor universitário do curso de letras.

b)   “limitando-me a assistir ao cultos, não obstante frequente lá há cerca de um ano e dois meses”

Considerando que você tem tão pouco tempo de ICM, vou deixar de atender a algumas de suas expectativas. Daqui a uns 20 anos tenho certeza que você não terá qualquer dúvida sobre coisas que neste momento você não conseguirá compreender, apesar de toda a sua capacidade intelectual.

c)    Maçonaria

Como eu já lhe disse: tudo o que sei aprendi com alguém. Mas, você está certo: eu nunca fui maçon e não tenho como saber algumas coisas que só quem foi pode saber.

d)   “Você disse que eu sou um maranata.”

Perdoe-me se essa expressão o deixou confuso. Para mim estava muito clara, mas, como você não entendeu, vou explicar melhor. Dizer que você é um maranata não exclui qualquer outra classificação ou característica que se aplique à sua pessoa, muito menos a sua condição de servo do Deus, absoluto, onipotente etc. A expressão que eu utilizei foi apenas um modo de eu dizer que não esperava que você aceitasse minhas anotações, pelo fato de você pertencer à Igreja Cristã Maranata. Minhas anotações divergem do ensino doutrinário da ICM. Por isso, os maranatas (membros da Igreja Cristã Maranata) não podem e não devem aceitá-las. Se fizessem isso, assumiriam uma postura absolutamente incoerente.

e)    acho que você poderia manter seu site na internet sem quaisquer empecilhos ou críticas, desde que você não empregasse tanto e não mencionasse tanto o nome da Igreja Cristã Maranata

Amado, essas questões já foram esclarecidas nas cartas de números 6, 21 e 43. Não vou repetir a resposta, pois eu não mudaria nenhuma vírgula do que já foi dito. Quanto às razões de minha saída da ICM, releia a minha “carta de desligamento” e meu “testemunho como ex-pastor da ICM. Sobre o que você acha que eu sinto, sugiro a leitura do texto “resposta a diversas cartas”. Já fui tão claro nesses textos que me surpreende receber indagações a esse respeito. Por fim, não quero ser indelicado, mas pelo seu silogismo para concluir que eu não sou um servo de Deus, vejo que você aprendeu rápido com seus mestres. Isso é lamentável.

f)     Outrossim, o seu site, que carrega seu nome (www.pastorsolon.com.br) pode também passar a impressão de que almeja alguma promoção espiritual ou mesmo pessoal no meio virtual, posto que o nome da site poderia ser outro, sem guardar semelhança com o seu próprio nome ou com seu título de pastor.

Deus é zeloso de Sua glória e não a dará a ninguém. Eu bem sei disso. É muito comum nos tempos modernos que as pessoas esperem que talvez seu serviço cristão lhes dê uma oportunidade de demonstrar seus talentos. Verdadeiramente querem servir ao Senhor, mas também querem que os demais saibam que estão servindo ao Senhor. Desejam ter reputação entre os santos. Todos os verdadeiros cristãos sabem que este é um terreno muito perigoso: a busca pela reputação entre os santos.

O que ocorreu comigo, quando da criação do site, que você não deve ter conhecido desde a sua criação, como um blog (a carta nº 6 conta a história), foi exatamente o inverso. Quando o endereço era “Eu era cego e agora vejo”, esse título provocou inúmeras reações contrárias. O próprio Coordenador da ICM em Brasília, em contato conosco, demonstrou insatisfação com o título. Por consideração, mudei o nome e adotei o meu próprio. Não quis adotar o nome da igreja porque já sabia do risco de macular a imagem da igreja. Eu queria proteger a CEEN de sofrer com a péssima reputação que eu já estava conquistando desde a criação do blog. Se alguém quiser xingar, difamar ou caluniar, que faça isso contra a minha pessoa. Emprestei o meu nome para ser jogado na lama e malhado entre meus irmãos.

O tempo foi passando e tanto fiquei conhecido como um “caído” e “inimigo da obra” pelos nossos irmãos da ICM. Em contrapartida, alcancei êxito na utilização da ferramenta para os trabalhos da igreja.

Tentei ao máximo não confundir as coisas, mas o site, que na sua primeira versão tinha até a minha foto na página principal, se tornou referência para todas as igrejas do meu ministério em Brasília e fora de Brasília. Eu sabia que deveria mudar isso, mas tinha que escolher entre duas opções: utilizar o mesmo site para os dois trabalhos que eu estava realizando ou fazer dois sites e assumir o custo de manutenção dos dois. Optei pela primeira hipótese, ante a falta de recursos para a manutenção de dois sites. Por isso, mantive o já conhecido www. pastorsolon.com.br e alterei o visual interno do site para que também servisse aos trabalhos da CeenSO.

Enfim, se eu estivesse preocupado com minha reputação, ou quisesse glória dos homens não colocaria meu nome no endereço do site, uma vez que isso não me traz qualquer honra. Ao contrário, é uma fonte de agressões à minha pessoa.

 

g)   “Sei que, possivelmente, você não busca promoção pessoal ou espiritual, mas a bíblia nos ensina a fugir da aparência do mal.”

Sobre a “aparência do mal”, sugiro a leitura da carta de nº 57. Creio que isso será suficiente para que você compreenda melhor essa expressão.

h)   “Bem que você poderia gizar muito mais no seu site a volta de Jesus e anunciá-la àqueles que ainda não tiveram experiência com o Filho de Deus.”

Leia a carta de nº 21.

i)     Com relação ao texto sobre a liberdade de expressão

Creio que o que eu já disse sobre o assunto é o suficiente.

j)     De qualquer forma, peço a devida vênia para fazer uma observação sobre buscar a justiça dos homens para solucionar conflitos que decorrem, direta ou indiretamente, do exercício de nossa fé.

Amado, não sugeri nada a ninguém sobre esse assunto. Cada um siga sua própria consciência. 

Pelo visto, você não aceitou minha sugestão para consultar o site do TJES. Se tivesse feito isso, saberia que a ICM é parte em vários processos na justiça, figurando como requerida e como requerente. Apenas a título de exemplo, a ICM ingressou com um processo contra o Google, em razão (...). Consulte o Processo: 035.08.001862-1, Petição Inicial: 200800109586, tramitando na 6ª Vara Cível.

Portanto, sugiro que você mande o artigo que você me enviou ao Presbitério Espírito Santense da Igreja Cristã Maranata, pois eles utilizam a via judicial para buscar reparação dos danos que entendem que sofreram pela ação de nossos irmãos.

Atendendo ao seu pedido, publicarei esta sua segunda carta na sequência da primeira.

O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz.

Grande abraço,

Pastor Sólon.