Carta 027

18/12/2014 10:59

Em 13/12/14, Dr. Herbert Gasparini, escreveu:

 

Caro Pr. Sólon,

 
Li o seu livro em poucas assentadas. Um estudo esclarecedor.
 
Desculpe-me relembrar esses fatos. Mas quando vieram à tona os problemas com dinheiro na ICM, eu já estava muito decepcionado com tudo. Pregaram que a ICM era uma igreja pobre. Depois mandaram retirar as geladeiras das congregações a fim de economizar energia. Proibiram a compra de copos descartáveis e o uso de filtros elétricos. E quando necessitávamos de alguma reforma no prédio da congregação, era uma enorme burocracia para conseguir o dinheiro do PES, o que nos levava, via de regra, à cotização para realizar a obra pretendida. E depois veio à tona a corrupção envolvendo os recursos financeiros da ICM. Isso foi o que, de vez, me fez desacreditar completamente no ensino sobre dízimos. Quantas vezes deixei de comprar materiais de construção para seguir com a obra da minha casa, para me manter fiel. Quantas vezes deixamos até de dar coisas aos nossos próprios filhos, para sermos fiéis no dízimo. E pessoas pobres, que até deixaram de comprar comida para serem fiéis. O seu livro só corroborou a minha posição. 
 
O que você escreveu e citou no livro, infelizmente é a mais pura realidade que vivemos hoje, apesar da Palavra ser tão clara: Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. (Is 55,1). E: E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem: todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte. (Is 56, 11)
 
Que o Senhor continue a te instruir e a te guiar para o que vc tem procurado.
 
Herbert Gasparini
Advogado
 

Resposta, em 18/12/14:

Prezado irmão Herbert, paz!

 
Fico feliz em saber que você está convicto sobre a questão do dízimo. Em relação aos membros da ICC, tenho conseguido livrá-los dos sentimentos supersticiosos, fundados no medo ou na ignorância. Depois de mostrarmos a verdade, procuramos viver a verdade. Assim, cada membro sente muita segurança ao abandonar os falsos deveres bíblicos, sem medo de gafanhotos, pragas, maldições ou de ineficácia de suas ações.
 
O resultado tem sido excelente, pois nada tem nos faltado e a generosidade se manifesta, tomando o lugar do peso de obrigações religiosas.
 
Se você permitir, gostaria de publicar seu e-mail, pois ele mostra que não somos criadores de nada novo, mas apenas pessoas que chegaram à mesma conclusão por caminhos diversos.
 
Grande abraço e boas festas!
 
Sólon